A cidade de São Paulo e a Região Metropolitana têm enfrentado dias de tensão por causa dos ventos que ultrapassam 90 km/h. Os efeitos são provocados pela passagem de um ciclone extratropical, que atingiu o estado com força desde o início da semana.
Segundo as concessionárias de energia, mais de 2 milhões de imóveis ficaram sem luz, em diferentes pontos da capital e municípios vizinhos. Somente na capital, 1.336.201 imóveis permaneciam no escuro. A ventania também provocou a queda de dezenas de árvores, bloqueando vias importantes e atingindo veículos.
Os parques municipais chegaram a ser fechados preventivamente devido ao risco de acidentes. Nos aeroportos, voos foram cancelados e operações sofreram atrasos por conta das rajadas e da instabilidade do tempo.
O apagão também afetou serviços essenciais. No Hospital São Paulo, na Vila Clementino, pacientes relataram que a unidade está sem energia desde as 22h de terça (9), o que obrigou o reagendamento de consultas e comprometeu o atendimento.
Nos aeroportos, a situação não foi diferente. Em Guarulhos, 22 chegadas e 15 partidas foram canceladas; quatro aeronaves tiveram o pouso alternado para Curitiba e Rio de Janeiro. Já em Congonhas, 10 voos foram alternados, além de 3 chegadas e 2 partidas canceladas por causa das rajadas.
O transporte público também sentiu os impactos. A Linha 10–Turquesa da CPTM passou a operar com intervalos maiores após uma avaria na rede aérea provocada pela queda de um cabo durante os ventos fortes, segundo a companhia.
