Fotógrafo baiano André Fernandes é destaque em exposição no Paraguai

Fotógrafo baiano André Fernandes é destaque em exposição no Paraguai

Redação Alô Alô Bahia

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Divulgação

Publicado em 10/12/2025 às 18:48 / Leia em 3 minutos

O fotógrafo brasileiro André Fernandes mantém em cartaz, no Instituto Guimarães Rosa (IGR) em Assunção, no Paraguai, a exposição ‘Candomblé’, reconhecida internacionalmente pela Organização das Nações Unidas (ONU). A mostra reúne obras inéditas e trabalhos premiados que retratam elementos da identidade afro-brasileira. As visitas são gratuitas e podem ser agendadas pelo Instagram @igrasuncion.cultural. O espaço fica na Calle Eligio Ayala, esquina com a Avenida Perú.

Durante a visita guiada, o público conhece a série ‘Orixás’ (2014), premiada em Genebra no Concurso Internacional de Arte para Artistas Minoritários da ONU, e o novo ensaio do artista, ‘Ounjẹ Òrìṣà – Comida de Orixá’ (2025). Juntas, as duas coleções somam 31 fotografias.

A exposição se tornou um dos destaques culturais da capital paraguaia em pouco menos de um mês. O jornal ‘La Nación’ elogiou a mostra, que também recebeu reconhecimento da chefe do setor cultural do IGR Asunción, Carolina Paranhos.
“Ele (André) teve o grande mérito de dar visibilidade à prática do Candomblé, não apenas no Brasil, mas também aqui, onde existem muitos praticantes dessa religião de base africana. A mostra, ademais, bateu recordes de público no Instituto Guimarães Rosa, com o público interessado em prestigiá-la desde a inauguração”, afirmou.

As séries: ‘Orixás’ e ‘Ounjẹ Òrìṣà – Comida de Orixá’

A série ‘Orixás’ foi produzida no terreiro Ilê Axé Alaketu, em Salvador, sob acompanhamento do Babalorixá Indarê Sá. As quinze imagens destacam símbolos, vestimentas e tradições da religião de matriz africana. Após o reconhecimento internacional desse trabalho, Fernandes desenvolveu o ensaio ‘Ounjẹ Òrìṣà – Comida de Orixá’, composto por dezesseis fotografias que retratam alimentos preparados por Tata ria Nkisi Douglas Santana. A proposta é aproximar o público da importância dos alimentos nos rituais do Candomblé.

“Não existe Candomblé sem comida; e cada comida servida em um terreiro é um gesto de respeito. Os ingredientes utilizados, os modos de preparo, utensílios e os rituais envolvem significados transmitidos oralmente ao longo de gerações, família por família”, explicou a curadora Mai Katz.

Aproximação com comunidades afro-paraguaias

A exposição também recebeu obras produzidas por crianças da comunidade afro-paraguaia de Kamba Cuá, que participaram de uma atividade em parceria com o fotógrafo e a curadora. Os desenhos homenageiam orixás e reforçam o vínculo cultural entre Brasil, África e Paraguai.

“É muito bacana trazer um pouco da nossa cultura para cá. Eu sempre falo que esse é um trabalho documental e que ajuda a desmistificar esse preconceito que a sociedade brasileira tem com relação ao Candomblé”, afirmou André Fernandes.

O fotógrafo adiantou que a série ‘Orixás’ seguirá em circulação internacional. A convite da ONU, o próximo destino será a Europa, com previsão de estreia até agosto de 2026.

A exposição é organizada pelo Instituto Guimarães Rosa Asunción e conta com apoio da Itaipu Binacional, Fundação Itaú e Eurofarma.

SERVIÇO
Exposição ‘Candomblé’, de André Fernandes
Local: Instituto Guimarães Rosa (IGR) Asunción – Embaixada do Brasil
Período: 14 de novembro de 2024 a 30 de março de 2026
Visitação: mediante agendamento via Instagram do IGR Assunción

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