Quase R$ 10 bilhões em ‘dinheiro esquecido’ ainda aguardam resgate nos bancos; saiba como consultar

Quase R$ 10 bilhões em ‘dinheiro esquecido’ ainda aguardam resgate nos bancos; saiba como consultar

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Tiago Mascarenhas

Marcello Casal Jr./Agência Brasil

Publicado em 09/12/2025 às 20:44 / Leia em 3 minutos

O Banco Central (BC) divulgou, nesta terça-feira (9), um novo balanço sobre o Sistema Valores a Receber (SVR). De acordo com a autoridade monetária, ainda existem R$ 9,92 bilhões “esquecidos” por clientes em instituições financeiras. O levantamento considera os números contabilizados até outubro.

A maior fatia desse montante pertence a pessoas físicas: são 48,7 milhões de cidadãos que, somados, têm direito a R$ 7,73 bilhões. No caso das pessoas jurídicas, o sistema aponta R$ 2,19 bilhões disponíveis para 4,9 milhões de empresas. Até o momento, o BC informa que já foram devolvidos R$ 12,6 bilhões aos titulares.

Vale ressaltar que, embora o prazo oficial para a incorporação desses recursos pelo Tesouro Nacional tenha expirado tecnicamente em 16 de outubro de 2024, o Ministério da Fazenda esclareceu que não há data limite para que os clientes solicitem o resgate diretamente às instituições financeiras onde o dinheiro está depositado.

O único canal oficial para verificação e solicitação dos valores é o site valoresareceber.bcb.gov.br. O sistema atende pessoas físicas, jurídicas e também permite a consulta de valores deixados por pessoas falecidas.

Para efetuar o saque via sistema do BC, o usuário precisa fornecer uma chave PIX. Caso o beneficiário não possua uma chave cadastrada, existem duas opções: criar uma e retornar ao sistema para solicitar a transferência ou entrar em contato diretamente com a instituição financeira para combinar outra forma de recebimento.

No caso de valores pertencentes a pessoas falecidas, a consulta e o resgate são restritos a herdeiros, testamentários, inventariantes ou representantes legais, que devem preencher um termo de responsabilidade e, após a consulta, contatar o banco para seguir os trâmites legais.

Desde maio, o Banco Central disponibilizou a função de solicitação automática de resgate. A ferramenta é facultativa e exclusiva para pessoas físicas que possuam uma chave PIX do tipo CPF.

Para ativar o recurso, é necessário acessar o SVR com uma conta gov.br de nível prata ou ouro e ter a verificação em duas etapas ativada. Com essa funcionalidade, o cidadão não precisa monitorar o sistema periodicamente; o valor é creditado diretamente pela instituição financeira, sem aviso prévio do BC. Bancos que não aderiram ao termo de devolução via PIX continuam exigindo o pedido manual.

Para blindar o sistema contra fraudes, o acesso exige autenticação em duas etapas. Quem utiliza o celular precisa ter o aplicativo gov.br instalado para gerar o código de acesso após a validação facial.

O Banco Central reforça o alerta de segurança: o governo jamais entra em contato por telefone, aplicativos de mensagem ou SMS solicitando dados pessoais, senhas ou pagamentos para a liberação desses recursos. Qualquer abordagem nesse sentido deve ser tratada como tentativa de golpe.

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