A Gol Linhas Aéreas vai incorporar, de forma inédita, cinco Airbus A330-900neo da Azul, com chegada prevista para junho de 2026. As informações são do colunista Igor Pires, do Diário do Nordeste.
“Os aviões chegam em junho e iniciarão voos domésticos para reconhecimento das aeronaves”, informou ao colunista uma fonte do setor aéreo. Segundo essa fonte, a previsão é que os voos internacionais com os A330 comecem em julho de 2026.
Em contato com o Alô Alô Bahia, a Gol comentou sobre o tema. “A Gol continuamente avalia oportunidades de expansão de sua malha aérea regional, nacional e internacional. Por ora, não há confirmação sobre voos da Companhia além dos aeroportos onde já opera ou anunciou. Novidades serão comunicadas ao mercado oportunamente”, diz o comunicado.
A aquisição marca o retorno da Gol ao segmento de alta densidade após 15 anos — período em que chegou a operar alguns Boeings 767 com as cores da Varig no início dos anos 2010. Serão também os primeiros jatos de fuselagem larga a ostentar a identidade visual da companhia.
Voos para EUA, França e Portugal
De acordo com o colunista, os novos widebodies devem operar as rotas Guarulhos–Nova Iorque, Guarulhos–Paris, Guarulhos–Portugal (com forte indicação de Porto, conforme slots já concedidos à Gol) e Rio de Janeiro (Galeão)–Orlando.
“A Gol receberá os aviões A330-900 da Azul e já estão liberados os destinos Nova Iorque e Paris”, afirmou a fonte.
A movimentação marca a entrada efetiva da empresa no segmento de longas distâncias, apoiada pelo Grupo Abra, holding que controla a Gol. Até agora, a companhia vendia bilhetes internacionais de longo curso apenas em parceria com American Airlines e Air France–KLM.
A chegada dos Airbus representará o fim da frota única da Gol, que até hoje opera exclusivamente aeronaves Boeing 737.
A situação dos aviões na Azul
As aeronaves virão da devolução feita pela Azul Linhas Aéreas como parte de seu processo de recuperação judicial. A empresa já havia sinalizado a “rejeição” de modelos Airbus A330 e A330-900.
A aposta da Gol reposiciona a companhia na disputa por rotas entre Brasil, Europa e Estados Unidos, em um movimento que deve intensificar a concorrência no segmento de longo curso.
Em novembro, a Gol já havia confirmado planos de crescimento relevante no mercado internacional. A própria empresa também indicou que fazia sentido incorporar aeronaves de dois corredores.