Desde que bate ponto das 9h às 17h, Blue já anuncia que o dia na Blueartes será diferente. Aos cinco meses, o American Bully de 17 kg percorre todos os setores da empresa baiana de cenografia e comunicação visual — da copa ao administrativo — interagindo com funcionários, visitantes e clientes. Adotado há pouco mais de um mês, ele virou parte do time e mudou a rotina de trabalho.
“Apesar da fama de bravo, ele é muito dócil. Consegue interagir com todo mundo”, conta a assistente administrativa Mara Paiva, que já percebeu o impacto do mascote no ambiente. “Quando estamos mais estressados, ele melhora o humor geral. Não imaginava que isso seria possível aqui, que é uma área de produção.”
No Brasil, políticas de ambiente pet friendly ainda são menos comuns, sobretudo quando o animal é da própria empresa — cenário ainda mais raro em Salvador. Para a Blueartes, porém, a novidade virou parte da cultura interna. Uma das colaboradoras, inclusive, relatou ter superado o medo de cachorro graças à convivência com o filhote.

Cãozinho Blue vira mascote oficial e muda clima de empresa baiana de cenografia
Blue chegou à empresa por meio de um prestador de serviços cujo animal teve ninhada. O criador queria doar o filhote para pessoas de confiança, e os sócios da Blueartes toparam a responsabilidade. “Sempre gostamos de cachorro. Depois que Blue chegou, começamos a conhecer um lado mais humano uns dos outros”, afirma o sócio Tiago Bertolazzi.
Hoje, o cão dorme na casa de Tiago, mas a previsão é que, quando adulto, passe a viver na sede — também como apoio à segurança, já que American Bullies podem chegar a 45 kg e têm perfil de cães de guarda. Ainda assim, o papel principal de Blue é outro: o de integrar o time.
“Somos uma empresa humanista, voltada para o bem-estar. Mais do que um cão de guarda, entendemos que ter um animal no cotidiano fortalece nossa cultura. Ele participa das dinâmicas e circula por todos os setores, do financeiro ao estúdio de impressão”, completa Bertolazzi.