O arquiteto Frank Gehry, referência mundial da arquitetura contemporânea, morreu nesta sexta-feira, aos 96 anos, em sua residência em Santa Monica, na Califórnia. Nascido no Canadá em 1929 e radicado nos Estados Unidos, Gehry tornou-se um dos profissionais mais influentes de sua geração, conhecido pelo uso inovador de materiais e pela ruptura das formas tradicionais.
Formado pela University of Southern California e com estudos em planejamento urbano na Harvard Graduate School of Design, Gehry alcançou reconhecimento internacional nas décadas seguintes, acumulando prêmios como o Pritzker (1989) e as medalhas de ouro do American Institute of Architects (1999) e do Royal Institute of British Architects (2000).
Sua produção ultrapassou a arquitetura e alcançou o design e as artes visuais, com peças expostas em museus como o Guggenheim de Nova York e o Centre Pompidou. Entre suas criações mais conhecidas estão as coleções Easy Edges e Experimental Edges, feitas em papelão corrugado, e as luminárias Fish Lamps, de 1983.
A relação de Gehry com formas marítimas marcou sua obra e aparece em projetos emblemáticos, como o Guggenheim Bilbao (1997), que o consolidou como um arquiteto global. Também integram seu portfólio edifícios como o Vitra Design Museum (1989), o Walt Disney Concert Hall (2003), o Jay Pritzker Pavilion (2004), a Fundação Louis Vuitton (2013) e a sede do Facebook (2015).
Em 2021, assistiu à conclusão da Luma Arles, na França, projeto desenvolvido ao longo de 14 anos e marcado pelo uso de soluções sustentáveis — tema ao qual Gehry dedicou atenção desde cedo.