Uma comitiva brasileira, formada por três baianos, desembarcou em Moçambique, nesta quinta-feira (4). Eles irão participar, nas cidades de Maputo e Matola, da edição internacional do projeto Inkumbú, iniciativa que promove intercâmbio cultural e jornalístico entre Brasil e o país africano.
A programação, sediada principalmente no Instituto Guimarães Rosa entre os dias 6 e 11 de dezembro, inclui oficinas, painéis, encontros formativos e produção audiovisual, além de atividades na Associação dos Escritores Moçambicanos e no espaço cultural L’Atellier. Concebido pelo educador interdisciplinar e jornalista baiano Jadson Nascimento, o projeto cria um ambiente colaborativo para a área de comunicação, estimulando práticas de escrita, produção jornalística e experimentação em múltiplas mídias conectadas à ancestralidade e à cultura negra.
“Estar em Moçambique é perceber que a comunicação pode ser ferramenta de memória, cuidado e reconstrução afrofuturista. Vamos aprender com a juventude moçambicana e criar redes que ultrapassam fronteiras”, afirma Nascimento, ressaltando também o simbolismo da ação no ano que marca 50 anos das relações diplomáticas entre Brasil e Moçambique.
A iniciativa conta ainda com uma equipe multiprofissional, que amplia o alcance formativo das atividades. A jornalista Márcia Eduarda ministra a oficina de criação de conteúdo para plataformas digitais, enquanto o publicitário, fotógrafo e videomaker Alexandro Santos é responsável pela formação em filmagem e produção de mini-documentários, além de coordenar os registros audiovisuais da experiência.
Com curadoria de Juci Reis e Jorge Dias, e gestão de Cátia Janainna e Amosse Mucavele, o projeto “Inkumbú: Guardiãs do Tempo” é ligado ao Portal Diáspora conta com apoio do Governo do Estado da Bahia, além de parceiros institucionais como o Instituto Guimarães Rosa – Embaixada do Brasil em Moçambique.
