Bruno Monteiro é condecorado cidadão baiano e celebra laços profundos com a Bahia

Bruno Monteiro é condecorado cidadão baiano e celebra laços profundos com a Bahia

Redação Alô Alô Bahia

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José Mion/Alô Alô Bahia

Sandra Travassos/Erickson Araujo/Carlos Alberto

Publicado em 28/11/2025 às 12:40 / Leia em 5 minutos

Em uma cerimônia concorrida, acompanhada por artistas, intelectuais, escritores, gestores públicos e representantes das religiões de matriz africana e da igreja católica, o secretário estadual de Cultura, Bruno Monteiro, tornou-se oficialmente cidadão baiano. A honraria, concedida na tarde desta quinta-feira (27) pela Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), foi proposta pela deputada Fabíola Mansur (PSB).

A presidente da Casa, deputada Ivana Bastos, abriu o ato convidando a Ebomi Nice e a bailarina do Malezinho, Morenah Moara, para conduzirem o homenageado ao plenário, ao som das cantigas de terreiro interpretadas pela cantora Márcia Short. Em seu discurso, Ivana elogiou o gesto da deputada Fabíola, “que tem um olhar firme, sensível e generoso, compromisso com a cultura, amor pela Bahia e coragem para reconhecer quem faz a diferença”.

A mesa da solenidade, conduzida pela proponente, reuniu autoridades e personalidades como a deputada federal Lídice da Mata; a deputada estadual Maria del Carmen (PT); o vice-governador Geraldo Júnior; o secretário do Meio Ambiente, Eduardo Martins; a procuradora de Justiça, Lícia Maria de Oliveira; a reitora da Uneb, Adriana Marmori; a defensora pública Laura Fagury; líderes religiosos; representantes da sociedade civil; e o cantor e compositor Carlinhos Brown.

Ao destacar a relação do secretário com o estado, Ivana Bastos afirmou: “A sua porta de entrada para essa Bahia foi o Carnaval, que é, talvez, a maior síntese do que somos. Ninguém está só, ninguém é estrangeiro, todo mundo pertence. Quem entende o Carnaval, entende a Bahia, e você entendeu”. E completou: “Hoje, ao receber esse título, você não só se torna baiano por um papel, você se torna baiano porque esta terra o escolheu primeiro”.

Durante sua fala, a deputada Fabíola Mansur destacou a trajetória de Bruno Monteiro antes de assumir a Secretaria de Cultura da Bahia. Ele foi chefe de gabinete nos ministérios de Direitos Humanos e de Políticas para Mulheres, assessor especial da Presidência no governo Dilma Rousseff, produtor do documentário “Democracia em Vertigem” e integrante do movimento 342 Artes, além de coordenar a comunicação do senador Jaques Wagner e da campanha que elegeu o governador Jerônimo Rodrigues.

“Bruno chegou à Bahia como quem entra em uma casa sagrada, com reverência, respeito e disponibilidade para aprender”, afirmou a deputada, ressaltando a postura do gestor ao encontrar “nossa gente na sua total vitalidade, pluralidade e complexidade”.

Fabíola destacou ainda a série de ações conduzidas por Bruno na Secult-BA, como a reformulação e expansão do Fundo de Cultura, a maior execução do Fazcultura da história, a ampliação dos recursos para o interior do estado, investimentos em eventos literários, o crescimento do programa Ouro Negro, a revitalização do Pelourinho, a criação da Bahia Filmes, a reforma do Teatro Castro Alves e a reabertura do Museu do Recôncavo após 25 anos.

Para Fabíola, a homenagem representa mais que um reconhecimento: “A Bahia lhe acolhe oficialmente, Bruno, e nós lhe celebramos de coração aberto. Não celebramos apenas um homem, celebramos uma história que se entrelaçou com a nossa”.

Visivelmente emocionado, Bruno Monteiro relatou como sua relação com a Bahia nasceu ainda na infância, marcada pela convivência com tradições religiosas distintas, umbanda e catolicismo. “A Bahia veio nos ensinar que essa relação não só é possível, como é leve, como ela é linda e necessária”, afirmou. Ele lembrou também do vínculo afetivo criado ao acompanhar o Carnaval pela televisão quando jovem. “Foi o Carnaval, foi a cultura que me acolheu, que foi aquela isca para a Bahia que me fez estabelecer uma relação que foi crescendo de forma muito concreta, de forma muito respeitosa”, destacou.

O secretário citou ainda sua passagem pelo governo Dilma Rousseff, “outra apaixonada pela Bahia”, quando conheceu o senador Jaques Wagner e sua esposa, Fátima Mendonça, que se tornaram amigos próximos. E celebrou as experiências adquiridas ao viajar por diferentes regiões do estado: “A Bahia é divertida, como a Bahia é rica”, disse, destacando especialmente as festas do interior.

Peça-chave na campanha de Jerônimo Rodrigues ao governo, em 2022, Bruno ressaltou a identificação com o governador, ambos oriundos de famílias humildes. “Tenho muito orgulho da campanha que nós construímos em 2022, daquela caminhada pela Bahia. E o filho do barqueiro venceu o neto do coronel, e governa esse estado”.

Ao agradecer à ALBA pelo reconhecimento, Bruno Monteiro também fez referência às críticas xenofóbicas que recebeu ao longo da gestão. “Ao longo desses três anos que eu sou secretário, em alguns momentos, para criticar o meu trabalho, muitas vezes recorreram à xenofobia, usando um artifício que não combina com a Bahia. A partir de hoje, podem procurar um outro argumento, porque, a partir de agora, esse já não cola mais, porque eu sou baiano também!”, arremtou.

Bruno agradeceu ao governador Jerônimo Rodrigues “por poder servir ao estado baiano”, à equipe da Secult, aos amigos e à família. A sessão contou ainda com apresentações da Banda Didá e dos Filhos de Gandhy, além de mensagens virtuais de personalidades como o senador Jaques Wagner, a ministra da Cultura, Margareth Menezes, e o cantor e compositor Gilberto Gil.

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