Subiu para 65 o número de mortos no incêndio de grandes proporções que atingiu, na madrugada desta quarta-feira (26), um conjunto de arranha-céus no distrito de Tai Po, em Hong Kong. De acordo com as autoridades locais, foram registrados também 72 feridos e cerca de 300 pessoas continuam desaparecidas. Três pessoas foram presas suspeitas de envolvimento no incêndio.
Durante coletiva de imprensa, as autoridades afirmaram que a causa do incêndio segue em investigação, mas acreditam que o fogo se espalhou rapidamente por telas de construção verdes e andaimes de bambu que estavam sendo usados em obras de reforma. Na ocasião, a polícia informou que as telas não atendiam aos padrões de segurança contra incêndio. Três funcionários da Prestige Construction & Engineering Company, construtora responsável pela obra, foram presos sob suspeita de homicídio culposo.
“Temos motivos para acreditar que os responsáveis da empresa foram extremamente negligentes, o que levou a este acidente e fez com que o incêndio se alastrasse descontroladamente, resultando em um grande número de vítimas”, afirmou o superintendente da polícia de Hong Kong, Eileen Chung.
Sobre o incêndio
Um incêndio de grandes proporções atingiu, na madrugada desta quarta-feira (26), um conjunto de arranha-céus no distrito de Tai Po, em Hong Kong. O fogo começou no complexo Wang Fuk Court, composto por oito torres de 31 andares, com cerca de dois mil apartamentos que abrigam aproximadamente 4,6 mil moradores. Ventos fortes alimentaram o incêndio, que se espalhou por sete dos oito prédios. Algumas das estruturas estavam envolvidas por andaimes de bambu, instalados devido a reformas, o que também favoreceu a propagação das chamas.
O incêndio provocou grande mobilização na região. Dezenas de moradores e curiosos acompanharam a cena, que gerou clima de desespero, segundo relatos de agências internacionais e da BBC. A polícia evacuou dois quarteirões ao redor do complexo, enquanto o Departamento de Transportes fechou uma seção da rodovia Tai Po e desviou linhas de ônibus.
“A prioridade é extinguir o incêndio e resgatar os moradores que estão presos. A segunda é dar apoio aos feridos. A terceira é oferecer suporte e apoio para recuperação. Depois disso, iniciaremos uma investigação completa”, disse o líder de Hong Kong, John Lee, em conversa com a imprensa.