A Orquestra Sinfônica da Bahia encerra sua programação de novembro com uma apresentação gratuita em Salvador. O concerto acontece neste domingo (30), às 11h, no Santuário Nossa Senhora de Fátima, no bairro do Garcia, e terá a regência da maestra Cinthia Alireti. No programa, estarão presentes a ‘Sinfonia Nº4 em Fá Menor, Op. 36’, do russo Piotr Tchaikovsky (1840-1893), e o “Romance em Fá maior, Trv. 118”, do compositor alemão Richard Strauss (1864-1949), obra que contará com o solo do violoncelista da OSBA Guilherme Venturato.
A entrada é sujeita à lotação do espaço, que abrirá ao público a partir das 10h30. O evento integra a Série Manuel Inácio da Costa, iniciativa que leva a OSBA a igrejas de Salvador.
“A OSBA é uma orquestra com reputação excelente, o que chega para nós do Sudeste é a imagem de um trabalho meticuloso e democrático – como é a liderança do carismático maestro Carlos Prazeres -, que está sendo feito numa terra onde a música clássica convive com a grande riqueza em tradição popular brasileira”, declara Alireti.
Sobre o concerto
“Romance em Fá maior, Trv. 118” é uma obra composta por Strauss em 1883, quando o compositor tinha apenas 19 anos, mas já revelava uma impactante maturidade musical, criando atmosferas elegantes e cantáveis. A obra se aproxima da tradição pós-romântica alemã, combinando lirismo expressivo e linhas melódicas extensas com uma escrita idiomática para o clarinete.
“Richard Strauss é famoso por suas grandes obras sinfônicas e valsas, então encontrar uma peça dele para violoncelo e orquestra foi excelente e, desde então, desenvolvi uma relação muito íntima com ela. É uma obra que traz um desafio diferente das demais, sem exigir tanto virtuosismo técnico, mas sim um refinamento profundo de fraseado e de expressividade. Tenho certeza de que todos irão gostar bastante”, afirma Guilherme Venturato, que assume a posição de solista pela primeira vez desde sua entrada no grupo de músicos da OSBA.
Completando o programa, a “Sinfonia nº 4 em Fá menor, Op. 36”, de Tchaikovsky, é uma obra composta entre 1877 e 1878 e que se mostrou como uma de suas sinfonias mais intensas e confessionais. O último movimento da sinfonia termina em Fá maior, o mesmo tom do Romance de Strauss, o que conecta as duas obras.