O uso responsável do som automotivo voltou ao centro das discussões na Câmara Municipal de Salvador. Na tarde desta segunda-feira (24), durante a 79ª Sessão Ordinária, vereadores ouviram um apelo por mais políticas públicas voltadas à regulamentação da atividade.
Na Tribuna Popular, o presidente do Movimento Som Legal – Bloco do Cajá, Osvaldo Silva dos Santos, pediu que o Legislativo retome o debate sobre projetos que tratam do tema. Para ele, é necessário que a pauta avance além das operações de repressão.
Osvaldo defendeu a criação de “Somzódromos”, espaços específicos para a prática do som automotivo, com regras claras, horários definidos, licenciamento pelos órgãos competentes e autorização da Polícia Militar (PM-BA). “Com normas semelhantes às de eventos musicais e culturais na capital baiana”, afirmou.
Segundo o representante do movimento, o uso responsável dos equipamentos, incluindo os paredões, “não é nocivo e promove, nas comunidades vulneráveis, entretenimento, acesso cultural e movimentação de uma ampla cadeia econômica”. Ele também reforçou que a entidade não apoia atividades irregulares. “Repudiamos estereótipos que nos associam ao crime organizado ou a determinados estilos musicais. O que defendemos é organização, respeito e legalidade”.
A discussão sobre regulamentação do som automotivo tem ganhado destaque na capital baiana nos últimos anos, especialmente por envolver temas como convivência urbana, economia cultural e a busca por alternativas para reduzir conflitos entre moradores, produtores de eventos e praticantes da modalidade. A implantação de áreas regulamentadas, modelo já adotado em algumas cidades brasileiras, busca justamente equilibrar lazer e bem-estar comunitário.