Rapper baiano é campeão do Duelo Nacional de MCs 2025

Rapper baiano é campeão do Duelo Nacional de MCs 2025

Redação Alô Alô Bahia

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Cadu Passos / Divulgação

Publicado em 24/11/2025 às 17:36 / Leia em 3 minutos

O baiano Caio Lima Silva de Souza, conhecido como MC Japa, conquistou neste domingo o título do Duelo Nacional de MCs, uma das principais competições de freestyle do país. Natural de Salvador, ele alcançou o troféu após cinco tentativas ao longo dos anos.

Japa começou a participar de batalhas aos 14 anos, na Batalha do Pega Rex, e construiu trajetória de destaque no cenário baiano e nacional. Ele se tornou o maior vencedor das batalhas Torre e 3º Round, além de ser o único MC penta campeão estadual da Bahia. Em 2025, passou a integrar a FMS e também entrou para a história ao se tornar o primeiro nordestino a vencer o aniversário da Batalha da Aldeia.

Após o título, o campeão falou sobre o significado da conquista. “Eu precisava fazer isso pelo meu estado. Fiquei cinco anos vindo aqui e precisava fazer por mim também. Era o meu sonho de infância, várias lendas ganharam o Nacional. Valeu a pena.”.

Na decisão, Japa venceu MC Barreto, da zona leste de São Paulo, formado nas batalhas de Guarulhos e único tricampeão regional do estado. O campeão recebeu R$ 35 mil em premiação, enquanto Barreto ficou em segundo lugar e levou R$ 15 mil.

O pódio foi completado por MC Lorran, de Minas Gerais, na terceira colocação, que recebeu R$ 10 mil, e pelo paraibano MC Rank, em quarto lugar, que faturou R$ 5 mil.

A final do evento foi transmitida pelo canal da Família de Rua no YouTube. Até o fim do domingo, a transmissão acumulava cerca de 400 mil visualizações, com pico de público simultâneo de até 52.200 pessoas.

Além das batalhas, a programação contou com show do rapper mineiro Djonga, que se apresentou ao lado de Coyote Beatz. Durante o show, ele dividiu o palco com convidados, entre eles o rapper Jotapê, alguns dos finalistas do Duelo Nacional e seus filhos. Djonga apresentou músicas de diferentes fases da carreira, como “O Mundo É Nosso”, “Olho de Tigre”, “Sinônimo de amor” e “Melhor Que Ontem”.

Durante a apresentação, o artista ressaltou a importância simbólica do Viaduto Santa Tereza para o movimento. “Eu já subi aqui nesse palco várias vezes, a primeira vez foi em 2015. O Duelo tem que ser sempre aqui, aqui é solo sagrado, aqui é o fundamento do Hip Hop”.

Nas batalhas das oitavas de final, avançaram Vitu, Barreto, Japa, Cigano, Épico, Lorran, Rank e Miliano. Nas quartas de final, passaram Barreto, Japa, Rank e Lorran. As semifinais foram vencidas por Japa e Barreto. Na disputa pelo terceiro lugar, Lorran venceu Rank. Na final, Japa saiu vencedor sobre Barreto.

Em 2025, a Família de Rua celebra 18 anos do Duelo de MCs. Segundo o produtor Pedro Valentim, o projeto mantém o propósito de fortalecer a cultura Hip Hop e a ocupação dos espaços públicos urbanos. “O Duelo Nacional é um movimento que conecta gerações e principalmente batalhas de diferentes territórios e vozes de todo o país”.

A edição deste ano foi realizada pela Família de Rua em parceria com a Fundação Nacional de Artes, ligada ao Ministério da Cultura, por meio de uma emenda parlamentar do Deputado Federal Patrus Ananias. O evento contou ainda com apoio da Xeque Mate Bebidas e integrou a programação associada do Festival de Artes Negra de Belo Horizonte, realizado pela Prefeitura da capital mineira em parceria com o Instituto Periférico.

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