Michelle Bolsonaro usou as redes sociais neste sábado (22) para se manifestar sobre a prisão preventiva do marido, o ex-presidente Jair Bolsonaro.
A medida vem após um dos filhos do ex-presidente, o senador Flavio Bolsonaro, convocar uma vigília religiosa na entrada do condomínio onde Bolsonaro cumpria prisão domiciliar. A mobilização foi convocada para as 19h deste sábado pela “saúde” do ex-presidente e “pela liberdade do Brasil”. De acordo com o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, a provável aglomeração de apoiadores poderia poderia trazer riscos a terceiros e ao próprio preso.
Na publicação, a ex-primeira-dama prestou seu apoio ao companheiro e pediu que os apoiadores sigam orando por Bolsonaro.
“Nós não vamos desistir da nossa nação. Confio na justiça de Deus. A justiça humana, como temos visto, já não sustenta. Mas sei que o Senhor dará o Escape, assim como fez em 2018, quando meu marido foi vítima de uma facada, planejada para matá-lo, por um ex-militante solista. A sua saúde traz sequelas até hoje por causa desse episódio, mas em Deus ele é forte. Ele é GRANDE, e eu o amo muito. Não o deixarei desistir do propósito que o Senhor confiou a ele. Agradeço de coração a compreensão e o carinho de todos. Seguimos em oração. O Brasil precisa da nossa intercessão”, escreveu Michelle.
Trama golpista
Condenado a 27 anos e três meses de prisão por tentativa de golpe de Estado, abolição do Estado Democrático, organização criminosa, dano contra o patrimônio da União e deterioração do patrimônio tombado, Jair Bolsonaro foi conduzido para a Superintendência da Polícia Federal em Brasília por volta das 6h deste sábado (22). De acordo com o ministro Alexandre de Moraes, do STF, a prisão preventiva não se trata do cumprimento de pena pelos crimes aos quais Bolsonaro foi condenado, mas de uma medida cautelar
Nesta sexta-feira (21), a defesa solicitou a concessão de prisão domiciliar humanitária ao ex-presidente por questões de saúde. Segundo os advogados, a ida de Bolsonaro para o presídio terá “graves consequências” e representa risco à vida do ex-presidente.
A defesa apresentou exames e disseram que Bolsonaro apresenta saúde debilitada e quadro diário de soluço gastroesofágico, falta de ar e faz uso de medicamentos com ação no sistema nervoso central.
Os problemas de saúde são decorrentes da facada desferida contra Bolsonaro na campanha eleitoral de 2018, segundo a defesa.
“São circunstâncias que, como se sabe, mostram-se absolutamente incompatíveis com o ambiente prisional comum”, completaram os advogados.
Não há prazo para o STF decidir sobre o pedido de prisão domiciliar.
