Bolsonaro admite ter usado ferro de solda para queimar tornozeleira; veja vídeo

Bolsonaro admite ter usado ferro de solda para queimar tornozeleira; veja vídeo

Redação Alô Alô Bahia

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Da Redação

Reprodução/Redes Sociais

Publicado em 22/11/2025 às 17:41 / Leia em 2 minutos

Um vídeo divulgado pelo Supremo Tribunal Federal neste sábado (22) mostra Jair Bolsonaro (PL) admitindo que usou um ferro de solda para queimar a tornozeleira eletrônica que utilizava em razão da prisão domiciliar. O ex-presidente foi preso nas primeiras horas da manhã, por decisão do ministro Alexandre de Moraes, após agentes constatarem que o equipamento estava danificado.

A Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal enviou ao STF um relatório técnico e as imagens que registram a violação. Segundo o Centro Integrado de Monitoração Eletrônica (Cime), o alerta de dano foi emitido às 0h07, e a equipe de escolta foi acionada imediatamente. Ao chegar à residência de Bolsonaro, os agentes observaram “marcas de queimadura em toda a circunferência” da tornozeleira e sinais de tentativa de abertura do fecho.

No vídeo, Bolsonaro confirma que tentou abrir o dispositivo usando um ferro quente. A conversa com a policial ocorreu dentro de sua casa, durante a madrugada:

“O senhor usou alguma coisa para queimar isso aqui?”
“Eu meti ferro quente aí. Curiosidade.”
“Que ferro foi, ferro de passar?”
“Não, ferro de soldar, de solda.”
“O senhor tentou puxar a pulseira também?”
“Não, não, não. Isso não. Não rompi a pulseira, não.”
“Pulseira aparentemente intacta, mas o case violado”, relata a servidora no vídeo.
“Que horas o senhor começou a fazer isso, seu Jair?”
“No final da tarde.”

Embora a pulseira estivesse preservada, o equipamento precisou ser trocado antes da prisão preventiva ser decretada.

A divulgação do vídeo e do relatório ocorreu após aliados do ex-presidente afirmarem que a violação teria ocorrido por falta de bateria. Em nota, o STF informou que Alexandre de Moraes retirou o sigilo “em razão das diversas informações errôneas que vêm sendo divulgadas” sobre o caso.

O ministro também deu 24 horas para que a defesa de Bolsonaro se manifeste oficialmente sobre a violação da tornozeleira.

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