Salvador será uma das cidades contempladas pelo Ministério da Saúde na implantação da nova Rede Nacional de Serviços Inteligentes e de Medicina de Alta Precisão do SUS. A iniciativa, que integra 13 estados em todas as regiões do país, prevê a instalação de 14 Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) totalmente automatizadas. Na capital baiana, a estrutura funcionará no Hospital Geral Roberto Santos.
A nova UTI Inteligente contará com serviços digitais, monitoramento contínuo dos pacientes e integração entre equipamentos e sistemas de informação. A tecnologia permitirá prever riscos, apoiar decisões clínicas, acelerar avaliações e facilitar o intercâmbio de conhecimento entre especialistas de diferentes regiões. Essas unidades também estarão conectadas a uma central nacional de pesquisa e inovação.
As UTIs Inteligentes serão distribuídas por Salvador (BA), Fortaleza (CE), Teresina (PI), Belém (PA), Manaus (AM), Dourados (MS), Recife (PE), Belo Horizonte (MG), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Curitiba (PR), Porto Alegre (RS) e Brasília (DF). Todas estarão integradas ao futuro Instituto Tecnológico de Emergência do Hospital das Clínicas da USP, em São Paulo, que será o primeiro hospital inteligente do país.
A primeira fase do projeto prevê um investimento de R$ 1,7 bilhão, viabilizado em cooperação com o Banco dos BRICS. A documentação para análise do financiamento já foi entregue pelo Ministério da Saúde, e a expectativa é que os primeiros serviços comecem a operar em 2026.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, reforçou a relevância do projeto para a modernização da saúde pública. “Hoje estamos entrando em uma nova era de inovação do SUS. A implantação dessa rede nacional de serviços inteligentes tem um papel enorme para a saúde brasileira, que vai permitir que a população tenha acesso ao que tem de melhor em tratamento médico. E, além disso, também vamos produzir conhecimentos, pesquisas e contribuir para que o sistema de saúde seja um destaque global”, afirmou.
A iniciativa integra o programa Agora Tem Especialistas, voltado à ampliação do acesso à saúde especializada no SUS. Com o uso de tecnologias como inteligência artificial e big data, a expectativa é reduzir em até cinco vezes o tempo de espera por atendimento de emergência, além de tornar diagnósticos e cuidados especializados mais rápidos e precisos.