Os Estados Unidos registraram, pela primeira vez em 2025, dois meses consecutivos de queda na chegada de turistas provenientes do Brasil. Em setembro e outubro, o fluxo de passageiros brasileiros recuou após nove meses de crescimento contínuo, segundo dados do Escritório Nacional de Viagens e Turismo dos EUA (NTTO).
Em setembro, o país recebeu 135,6 mil passageiros vindos do Brasil, redução de 2,3% em relação ao mesmo mês de 2024, quando 138,8 mil viajantes embarcaram para os EUA. Na comparação com o período pré-pandemia, a retração é ainda maior: em 2019, 157,8 mil brasileiros visitaram o destino em setembro, número 14,1% superior ao atual.
Outubro manteve a tendência de baixa. No mês, 152,2 mil passageiros partiram do Brasil em direção aos EUA, queda de 2% frente aos 155,3 mil registrados em outubro de 2024. Em relação a 2019 (162,3 mil), o recuo foi de 6,2%.
A queda no envio de turistas brasileiros acompanha um movimento de desaceleração global. Em setembro, os EUA receberam 4,5 milhões de passageiros internacionais, baixa de 8,7% em comparação a setembro de 2024 e equivalente a 83,2% dos níveis pré-pandemia. Entre visitantes classificados como “overseas”, excluindo Canadá e México, o total foi de 2,8 milhões, ou 81,1% do volume de 2019, abaixo dos 86% registrados em agosto deste ano.
As maiores movimentações internacionais no mês partiram de Canadá (2,5 milhões), México (2,4 milhões), Reino Unido (1,9 milhão), Alemanha (1,1 milhão) e Japão (886 mil).
A conexão entre EUA e Europa somou 7,7 milhões de passageiros, alta de 0,7% em relação a setembro de 2024 e avanço de 4% frente a 2019. Já o fluxo com América do Sul, Central e Caribe alcançou 4,1 milhões, queda de 1,7% no ano contra ano, mas ainda 13,2% acima dos níveis pré-pandemia. A Ásia, por sua vez, totalizou 2,4 milhões de passageiros, praticamente estável em relação a 2024 (+0,3%), porém 21,2% abaixo de 2019 — a região segue sendo a mais afetada pela recuperação lenta.
Entre os aeroportos que mais receberam visitantes internacionais em setembro de 2025, lideram Nova York/JFK (2,9 milhões), Los Angeles (1,9 milhão), Newark (1,7 milhão), Miami (1,6 milhão) e Chicago (1,5 milhão).
No movimento inverso, as principais portas de entrada de norte-americanos no exterior foram Londres/Heathrow (1,7 milhão), Toronto (1 milhão), Paris (917 mil), Cancun (901 mil) e Frankfurt (793 mil).