A Orla de Pituaçu ganha um novo marco cultural no dia 20 de novembro, quando será inaugurado o Palco Nelson Rufino. A entrega oficial está marcada para as 9h e contará com a presença do prefeito Bruno Reis, do próprio homenageado e da banda BATIFUN, responsável por acompanhar o sambista na primeira apresentação do espaço.
A cerimônia abre um percurso que fará uma espécie de varredura pelas intervenções recentes realizadas na orla. Logo no início, o projeto Orla em Movimento conduz atividades esportivas, como aulas de fitdance e beach tennis, antes de autoridades e convidados iniciarem o trajeto que apresenta as novas operações comerciais e equipamentos instalados no local. Entre os empreendedores envolvidos estão o Grupo Red, de Peu Magalhães; o Grupo Espetto Baiano, de Daniel Dumas; o Picolé Capelinha; o Espetto Carioca; e a futura Guarderia Internacional de Esportes Náuticos, que deve atuar na formação e no turismo esportivo.
O roteiro também reserva paradas dedicadas às manifestações artísticas e ambientais. Uma delas exibe o protótipo da estátua de Yemanjá, criada pelo artista Guru Moreno. Outra apresenta o projeto Lixo Zero e o espaço onde funcionará o Ponto de Entrega Voluntária de recicláveis, que inclui bebedouros destinados a reduzir o consumo de garrafas e copos plásticos.
A chegada da comitiva marca a instalação da placa inaugural e uma lavagem simbólica da passarela, conduzida pelas baianas da ABAM, em referência às tradições religiosas e à memória cultural da cidade.

Homenagem ao samba baiano
O Palco Nelson Rufino passa a integrar o conjunto de equipamentos culturais da Orla Brasil com a proposta de fortalecer a cena artística local. Além da estreia no dia 20, o sambista receberá uma homenagem permanente: uma estátua em tamanho real, produzida em fibra de vidro e cobre pelo artista Francisco de Assis, conhecido por obras expostas no Rio de Janeiro, como as esculturas de Gilberto Gil e Preta Gil.
Para João Marcello Barreto, presidente da Orla Brasil, o novo palco sintetiza o objetivo do projeto de renovar a orla sem abrir mão das referências históricas da cidade. Segundo ele, o espaço foi pensado para oferecer à população um ponto de encontro que una lazer, música e identidade baiana.
A área concedida também passa por intervenções de paisagismo, com o plantio de novas árvores.
Gastronomia e novas operações
A ocupação do trecho recebeu reforço de restaurantes e quiosques, abertos na última semana. Entre eles, o Chopp Brahma, os quiosques de acarajé e o restaurante O Ó Paí, Ó, idealizado pelo ator e produtor Érico Brás, que leva para a orla a atmosfera do Pelourinho e um cardápio que inclui pratos tradicionais, como moqueca de camarão e escondidinho de carne de sol.
Outro destaque é o retorno do Samba Social Clube à capital baiana, agora em um espaço que combina gastronomia e samba de raiz. Para os sócios do quiosque, o projeto reforça o vínculo da cidade com artistas históricos e com a herança musical de figuras como Nelson Rufino.
A partir de 22 de dezembro, o palco passará a receber apresentações diárias, sempre das 16h às 20h, com uma banda residente e programação fixa.
De acordo com Eduardo Sampaio, diretor da Orla Salvador, a data de inauguração simboliza o início de um novo momento para o trecho, que pretende se consolidar como um ponto de convivência e celebração da cultura baiana.