A defesa do dono do Banco Master, Daniel Vorcaro, preso durante a Operação Compliance Zero da Polícia Federal, ingressou nesta quarta-feira (19) com um pedido de habeas corpus no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), em Brasília. A relatora do caso é a desembargadora Solange Salgado da Silva.
Vorcaro e outros seis executivos ligados ao banco foram detidos sob suspeita de fraudes em papéis vendidos ao BRB, de Brasília. Segundo a PF, o grupo teria comercializado títulos de crédito falsos e emitido CDBs com promessa de rendimentos até 40% superiores à taxa básica do mercado — retorno considerado irreal pela investigação. O esquema pode ter movimentado cerca de R$ 12 bilhões, de acordo com os autos.
No habeas corpus, a defesa argumenta que não há motivo para manter a prisão preventiva, já que o Banco Master foi liquidado pelo Banco Central. Os advogados anexaram ao pedido comprovantes de que Vorcaro viajaria a Dubai para uma reunião com investidores interessados em adquirir a instituição.
Eles também destacam que o empresário está proibido pela Justiça Federal de atuar na gestão de fundos ou instituições financeiras e que as buscas e apreensões relacionadas a ele já foram concluídas. A defesa afirma ainda que Vorcaro tem esposa e filho no Brasil, o que afastaria o risco de fuga.
O documento inclui a rota de voo apresentada pelo banqueiro no momento em que foi detido no Aeroporto de Guarulhos.