Velório de Jards Macalé será aberto ao público no Rio de Janeiro

Velório de Jards Macalé será aberto ao público no Rio de Janeiro

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Luana Veiga

Reprodução

Publicado em 18/11/2025 às 09:54 / Leia em 3 minutos

O velório do cantor, ator e compositor Jards Macalé acontece nesta terça-feira (18), a partir das 10h, na Sala Sidney Muller, no Palácio Gustavo Capanema, sede da Funarte, no centro do Rio. A cerimônia será aberta ao público. Já o enterro ocorre às 16h, no Cemitério São João Batista, em Botafogo, zona sul da cidade.

Trajetória

Jards Anet da Silva faleceu nesta segunda-feira (17), aos 82 anos, após sofrer uma parada cardíaca. Ele estava internado em um hospital participar na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro,  para tratar de enfisema pulmonar.

Nascido em 1943, no Rio, Macalé iniciou sua trajetória profissional nos anos 1960, quando teve a primeira composição gravada por Elizeth Cardoso. A partir dali, pavimentou uma carreira marcada pela recusa a fórmulas comerciais e pela estética de ruptura que o levou a ser definido como um “anjo torto” da MPB.O primeiro grande impacto nacional veio no Festival Internacional da Canção, em 1969, com a explosiva apresentação de “Gotham City”. Três anos depois, em 1972, lançou o álbum “Jards Macalé”, obra fundamental que combinou rock, samba, jazz, blues, baião e canção, e firmou clássicos como “Hotel das Estrelas”, “Mal Secreto” e “Vapor Barato”, eternizados também por Gal Costa e Maria Bethânia.

Ao lado de poetas como Waly Salomão, Torquato Neto e José Carlos Capinan, Macalé desenvolveu uma produção marcada por estranheza, lirismo fragmentado e completa independência artística. Essa postura o aproximou de nomes igualmente libertários, como Luiz Melodia, e o manteve distante das pressões das grandes gravadoras nas décadas de 1970 e 1980.

Multi-instrumentista com formação erudita, Macalé transitou por gêneros como bossa nova, rock, blues, samba e choro, sempre com violão singular e interpretação intensa — tanto de seu próprio repertório quanto de compositores como Ismael Silva e Lupicínio Rodrigues.

Repercussão

Nas redes sociais, artistas prestaram suas homenagens a um dos nomes mais inventivos e insubmissos da música brasileira..

“Sem Macalé não haveria Transa. Estou chorando porque ele morreu hoje. Foi meu primeiro amigo carioca da música”, publicou Caetano Veloso.

“Macalé era um irmão, um irmão de Ipanema, não nascido em Santo Amaro, mas foi meu irmão. Foi meu professor de violão e um grande, grande, grande amigo”, escreveu Maria Betânia em sua conta no Instagram.

Compartilhe

Alô Alô Bahia Newsletter

Inscreva-se grátis para receber as novidades e informações do Alô Alô Bahia