Lázaro Ramos lança livro no Pelourinho durante tour histórico com crianças de escolas públicas

Lázaro Ramos lança livro no Pelourinho durante tour histórico com crianças de escolas públicas

Redação Alô Alô Bahia

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@magalimoraess

Publicado em 17/11/2025 às 02:26 / Leia em 3 minutos

Vinte e cinco crianças de escolas públicas baianas participaram, neste domingo (16), de um tour cultural pelo Centro Histórico de Salvador, que culminou no lançamento do novo livro infantil de Lázaro Ramos, “Descobrindo a minha história”. A ação integra a programação da editora Sextante em parceria com o Instituto RioMemóriaAção.

O grupo — composto por dez alunos do Instituto Odara Oritheti Ayomide e quinze do Grupo de Mulheres do Alto das Pombas — iniciou o percurso às 13h20, na Praça Thomé de Souza. Acompanhadas por representantes do Instituto RioMemóriaAção, as crianças passaram pela Praça Zumbi dos Palmares e pelo Largo do Cruzeiro, onde participaram de uma roda de capoeira. Depois, seguiram até o Largo do Pelourinho, em frente à Fundação Mestre Bimba, para o encontro com Lázaro Ramos.

“Dia de lançamento do meu livro infantil aqui em Salvador. Que dia potente. Saio emocionado com cada abraço, cada conversa e cada brilho nos olhos”, escreveu o ator nas redes sociais.

Lázaro Ramos lança livro no Pelourinho durante tour histórico com crianças de escolas públicas

Recebido com entusiasmo, Lázaro conversou com os pequenos e relembrou sua trajetória artística, iniciada no Bando de Teatro Olodum. Ele destacou o papel simbólico do Pelourinho em sua formação e a relevância cultural de “Ó Paí, Ó”, obra que percorreu teatro, cinema e televisão mantendo o mesmo discurso.

O livro lançado nasceu após uma viagem à Etiópia, onde o ator visitou o Rio Omo e se conectou a memórias da infância e das histórias da Ilha do Pati. A obra apresenta elementos das culturas africanas — compromisso que o autor reforçou no encontro. “Ser referência é uma responsabilidade e também meu grande sonho. Sou fruto das referências que tive e quero ser influência positiva”, afirmou.

A experiência marcou os participantes. Júlia Yndilyine, do Ayomide Odara, disse ter se sentido representada: “É muito importante que meninas e meninos negros vejam o que podem fazer”. Já Davi dos Santos de Santana, de 10 anos, contou que saiu motivado: “Aprendi muito e ouvi dele para seguir meu sonho de ser professor ou jogador de futebol”.

Alcino dos Reis Amaral e Thiago Sereno, representantes do Instituto RioMemóriaAção, ressaltaram a importância de conectar as crianças às memórias negras das cidades. “Queremos estabelecer conexões entre a Pequena África e outros territórios”, afirmou Alcino. “A ideia foi trazer a ancestralidade de uma forma que a internet não apresenta”, completou Thiago.

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