Marca que promete efeito do álcool em drinque não alcoólico vende 7 mil litros em 30 dias

Marca que promete efeito do álcool em drinque não alcoólico vende 7 mil litros em 30 dias

Redação Alô Alô Bahia

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Publicado em 16/11/2025 às 14:10 / Leia em 3 minutos

O uso de fitoterápicos foi a aposta das empreendedoras e influenciadoras Bertha Jucá, 32, e Victória Linhares, 36, para criar a LUCIA, marca de bebida não alcoólica que promete oferecer sensação de relaxamento semelhante à de um drinque — mas sem ressaca. Lançada em agosto, a empresa projeta faturar R$ 10 milhões em um ano.

As sócias, que consomem pouco álcool, se inspiraram em bebidas internacionais sem teor alcoólico e enxergaram oportunidade no mercado brasileiro. O movimento acompanha a queda no consumo de álcool no país: segundo pesquisa Ipsos-Ipec para o estudo Álcool e a Saúde dos Brasileiros: Panorama 2025, 64% dos brasileiros declararam não beber em 2025, dado impulsionado pela geração Z.

“Muitas pessoas evitam socializar porque não bebem. Queríamos criar algo que as incluísse, trazendo só os benefícios do ato de beber”, diz Linhares. A ideia ganhou força quando Jucá, que cursa Nutrição, conheceu as plantas adaptógenas. A dupla usa ginseng e valeriana para produzir uma bebida que, segundo elas, entrega o relaxamento de um coquetel alcoólico sem usar álcool.

A concepção do produto levou dez meses e contou com um time de reforço. O empresário Renan Georges, 37, fundador da Zavii Venture Builder, entrou como sócio, liderou uma rodada de R$ 4 milhões e apoiou o desenvolvimento do negócio. Os criadores dos perfis gastronômicos Do Pão ao Caviar, José Luiz Soares e Ana Lembo, também se tornaram sócios — Soares assina o drinque.

A mixologista Michelly Rossi (Bar dos Arcos) e químicos participaram dos testes, que somaram mais de 40 versões até chegar à fórmula final, produzida em parceria com uma fábrica de São Roque (SP).

O primeiro aperitivo reúne cupuaçu, jambu, suco de maçã e extratos naturais feitos pela própria equipe, além de ginseng e valeriana. “O drinque é complexo, com amargor e picância. Muita gente prova achando que tem álcool”, diz Linhares. “Quando levamos para o laboratório, nada funcionava igual à fórmula artesanal. Tivemos que refazer 60%”, completa Soares.

Lançada em 20 de agosto, a marca vendeu em 30 dias o equivalente ao previsto até o fim de 2025: cerca de 7 mil litros. “A validação foi muito rápida, resultado dos testes com pequenos grupos antes do lançamento”, afirma Georges.

Com a proximidade das festas de fim de ano, a LUCIA afirma que já recebe pedidos de grandes eventos que não pretendem servir álcool. Até o fim de 2025, a previsão é produzir mais 50 mil litros.

Para 2026, as sócias trabalham na ampliação do portfólio. A bebida, atualmente vendida no e-commerce próprio, começa a chegar a lojas físicas premium em São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro. “A oferta inicial foi menor que a demanda, então priorizamos os canais digitais. Em novembro, iniciamos a distribuição física”, diz Georges.

Com a expansão e novos produtos, a marca deve encerrar o primeiro ano com faturamento de R$ 10 milhões, meta inicialmente prevista para dois anos. “Não somos contra o álcool, mas prezamos pelo equilíbrio e queremos oferecer outra opção”, afirma Jucá.

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