Maria Bethânia abriu, neste sábado (15), um dos momentos mais aguardados da agenda cultural de Salvador. A baiana levou à Concha Acústica o espetáculo que marca seus 60 anos de carreira, com ingressos esgotados tanto para a apresentação inicial quanto para o show extra deste domingo (16).
Aos 79 anos, e com mais de 40 álbuns no currículo, a artista construiu um repertório que percorre diferentes etapas de sua trajetória, reunindo clássicos, canções emblemáticas e interpretações que reafirmam seu legado na música brasileira.

Foto: Gabriel Matos
No palco, Bethânia se apresentou sob a direção dela mesma, acompanhada por Jorge Helder, responsável pela direção musical, e por uma banda formada por Pedro Sá, Marcelo Costa e Gabriel Policarpo.
Entre as músicas escolhidas estão “O Lado Quente de Ser”, “Genipapo Absoluto”, “Rosa dos Ventos”, “Gota de Sangue” e “Vera Cruz”.

Foto: Gabriel Matos
Fiel ao formato que consagrou ao longo das décadas, Bethânia costurou o repertório com poesia. Entre uma canção e outra, declamou trechos de autores como Davi Kopenawa, Clarice Lispector, Herberto Helder e Eucanaã Ferraz.
Um dos pontos mais emocionantes da noite foi a interpretação de “Palavras de Rita”, última composição escrita por Rita Lee, com melodia de Roberto de Carvalho.

Foto: Gabriel Matos
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O fim de semana em Salvador seria a última parada da turnê da cantora, até que, no dia 6 de novembro, novas datas foram anunciadas. Bethânia voltará ao Rio de Janeiro, onde a turnê estreou em setembro, para dois shows finais nos dias 17 e 18 de janeiro de 2026, no Vivo Rio. As apresentações terão registro audiovisual e encerram oficialmente a circulação do espetáculo, que também passou por São Paulo.