Maestro Carlos Prazeres recebe homenagem na Academia de Letras da Bahia

Maestro Carlos Prazeres recebe homenagem na Academia de Letras da Bahia

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

José Mion/Alô Alô Bahia

Ascom/ALB e OSBA

Publicado em 13/11/2025 às 16:12 / Leia em 3 minutos

A Academia de Letras da Bahia (ALB) se vestiu de música na noite de quarta-feira (12) para celebrar o legado do maestro Carlos Prazeres, regente da Orquestra Sinfônica da Bahia (OSBA). Reconhecido como um dos mais importantes maestros brasileiros de sua geração, Prazeres recebeu a Medalha Arlindo Fragoso, a mais alta condecoração da instituição, concedida a personalidades de destaque em suas áreas de atuação.

Criada em homenagem ao fundador da ALB, a medalha já foi entregue a nomes como o navegador Aleixo Belov, o ator Othon Bastos, a Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) e os ex-presidentes da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), Marcelo Nilo e Adolfo Menezes.

A cerimônia foi aberta pela Camerata Quadro Solar, da OSBA, que executou obras como “Prelúdio” e “Fuga nº 9”, de Johann Sebastian Bach, e “A cantiga” e “O baião”, do pianista brasileiro Hércules Gomes.

O presidente da ALB, Aleilton Fonseca, destacou a afinidade entre música e literatura. “Hoje é um momento de júbilo para nós da ALB, porque as letras e a música sempre andaram juntas. A poesia e a música são irmãs siamesas, e há sempre que se encontrar na música a poesia e na poesia a música. Estamos, portanto, todos em casa, nesta comunhão de afeto e reconhecimento”, afirmou.

Lia Robatto, Aleilton Fonseca, Carlos Prazeres, Ordep Serra e Paulo Costa Lima | Foto: Ascom/ALB e OSBA

O compositor e acadêmico Paulo Costa Lima, titular da Cadeira nº 8 da ALB, também exaltou a trajetória do maestro. “Falo de Carlos Prazeres como maestro, criador e construtor de sentidos, que tem feito na OSBA não apenas um corpo sonoro, não que isso seja pouco, mas é também o espelho vivo das forças que movem nossa sociedade. Ele rege um circuito de afetos, inteligências, que se organiza, se emociona e se reconhece através da música”, declarou.

O proponente da homenagem, Ordep Serra, ressaltou a identificação entre Prazeres e o espírito criativo da Bahia. “Prazeres conseguiu ler essa nossa extravagância criativa no campo da música e até no campo teatral. Ele faz um lindo teatro que traduz nossa criativa extravagância, faz da sua orquestra uma força artística polivalente. E eu acho que por isso ele está próximo desta Academia. Esta Academia é extravagância. Por isso, ela é a mais antiga do Brasil, preserva a nossa memória”, afirmou.

Após receber a medalha das mãos de Ordep Serra, titular da Cadeira nº 27, o maestro fez um discurso emocionado sobre o significado do reconhecimento. “É uma grande honra ser reconhecido pela Academia de Letras da Bahia, já que sou um grande admirador da arte e da literatura baianas. Esta homenagem é ainda mais significativa por acontecer justamente quando completo 15 anos de OSBA, um trabalho que está sempre em diálogo com esta sociedade que tanto amo”, declarou Prazeres.

Entre os presentes à cerimônia estavam os Acadêmicos Lia Robatto e Décio Torres Cruz; o mestre da sonorização João Américo; a diretora-geral interina do Teatro Castro Alves, Rose Lima; e o presidente do Instituto Reparação, Ailton Ferreira.

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