Os impactos causados pelo grande número de eventos realizados na Barra foram tema de destaque na 76ª Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Salvador, realizada na tarde desta quarta-feira (12). O vereador Maurício Trindade (PP) afirmou em discurso que “a Barra está morrendo” e defendeu uma operação urgente para rediscutir e buscar soluções para o cenário atual.
“Afinal, os impactos negativos do grande número de festas e eventos na Barra têm gerado aumento da violência, prostituição infantil, elevação do índice de roubos, flanelinhas que cobram abusivamente, pessoas em situação de rua se abrigando em portas de prédios, fechamento do acesso ao bairro para moradores, entre outros problemas. Isso deixa clara a necessidade de delimitar o número de festas, transferindo parte delas para outros locais da cidade“, frisou Trindade.
Recentemente, o parlamente apresentou à Câmara Municipal de Salvador um projeto de lei que propõe restringir a realização de eventos e o uso de equipamentos sonoros na orla da Barra e de Ondina, ainda sob análise. Ele propõe que, além de eventos já tradicionais, como Carnaval, Pôr do Som, Furdunço, Fuzuê e Marcha para Jesus, o Executivo autorizasse até três eventos extras por ano, considerados emergenciais ou de interesse público.
A líder da oposição, vereadora Aladilce Souza (PCdoB), concordou com a preocupação e ressaltou que os moradores não podem continuar pagando um preço tão alto, “que já atinge, inclusive, o comércio da região e o mercado imobiliário”, reforçou. Aladilce também chamou atenção para a previsão de entrega do novo Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) à Câmara, que, segundo ela, de acordo com a Fundação Getúlio Vargas, deverá ocorrer apenas em 2027.