O prejuízo causado por furtos e atos de vandalismo na rede de iluminação pública de Salvador já é 40% maior em 2025 do que o registrado no ano passado, segundo dados da Diretoria de Serviços de Iluminação Pública (Dsip), vinculada à Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop). Até outubro, as despesas para reparar os danos ultrapassaram R$ 3,6 milhões.
Ao todo, foram contabilizados 1.059 casos neste ano, com mais de 41 mil metros de cabos furtados, além de equipamentos danificados em vias, praças e avenidas da capital baiana. O impacto afeta diretamente o funcionamento da rede e o planejamento de expansão e modernização do sistema.
O diretor de Iluminação Pública, Ângelo Magalhães, alerta que o problema pesa tanto no orçamento quanto no atendimento às demandas da população. “Cada metro de cabo furtado representa dinheiro público desperdiçado e iluminação que deixa de chegar a quem precisa. Esses R$ 3,6 milhões poderiam estar sendo aplicados em novas obras, na modernização dos parques de iluminação e em projetos de expansão que beneficiariam milhares de soteropolitanos”, afirma.
Entre as áreas mais afetadas estão Cassange, que contabiliza mais de 2,5 mil metros de cabos furtados; o Km 17, onde, além do furto de mais de 1,5 mil metros de cabos, 16 braços e luminárias foram danificados; e Stella Maris, que registrou vandalismo em mais de 300 luminárias especiais instaladas para proteção de tartarugas marinhas.
Os crimes se concentram principalmente no furto de cabos subterrâneos e no dano a quadros de comando e luminárias, provocando apagões e interferindo na rotina de moradores e motoristas. A Dsip estima que 90% das falhas de iluminação na cidade estejam relacionadas a essas ações criminosas.
Para tentar reduzir as ocorrências, a diretoria afirma que tem intensificado o monitoramento em pontos críticos e mantido articulação com as forças de segurança pública. Apesar disso, o órgão reforça a importância da participação da população. “É fundamental que a população também participe desse esforço, denunciando qualquer ação suspeita”, destaca Magalhães.
As denúncias podem ser feitas pela Central 156 ou pelo portal Salvador Digital.