Em paralelo à COP30, Salvador será palco de um encontro especial que vai debater o protagonismo das comunidades negras tradicionais na preservação ambiental. O evento acontece no próximo dia 15 de novembro, a partir das 9h, no Parque da Pedra de Xangô, em Cajazeiras.
Com a participação de mais de 50 entidades de terreiro, a iniciativa vai discutir de que forma esses territórios sagrados contribuem para o enfrentamento das mudanças climáticas, reafirmando o papel das comunidades de matriz africana na defesa da natureza e da vida.
Promovido por KOINONIA Presença Ecumênica e Serviço, o encontro destaca a importância dos terreiros como espaços de fé, acolhimento, resistência e preservação ambiental.
“Os espaços religiosos de matriz africana vão além de locais de expressão da fé. Historicamente, exercem papel de acolhimento de pessoas vulnerabilizadas, de cura, de preservação ambiental e de conservação da biodiversidade pelo manejo dos bens naturais dos territórios que estão em sua essência. Ao mesmo tempo, o racismo ambiental incrustado na sociedade faz com que sejam os grupos que mais sofrem com as mudanças climáticas. Isso não pode continuar. Organizar esses encontros de articulação é fundamental”, afirma Ana Gualberto, diretora executiva de KOINONIA, historiadora, mestra em Cultura e Sociedade e Iyalorixá do Ilê Axé Omi Imaralé.
Programação – Cúpula dos Terreiros
8h30 – 9h – Acolhida/credenciamento
9h – Mística de abertura na área externa
9h15 – Vídeo de KOINONIA sobre meio ambiente de 2009
Falas motivadoras de pessoas convidadas: Terreiros e justiça climática
9h45 – Trabalho de grupo: E no meu território, o que está acontecendo? Quais as demandas referentes a questões ambientais? Quem está atuando nessa pauta no meu território?
11h – Retomada dos grupos: partilha
12h – Construção de pautas conjuntas por justiça climática
13h – Plenária e informes
14h – Encerramento