A Casa do Benin retoma suas atividades nesta sexta-feira (7), a partir das 12h, no Pelourinho, com a abertura da exposição “Yèyé Omo Eja (Mãe de todos os Peixes)” e, às 14h, a mesa-redonda “Eu Sou Um Oceano Negro”. O espaço, administrado pela Prefeitura de Salvador, fica na Rua Padre Agostinho Gomes, nº 17.
A mostra integra o projeto “Eu Sou Um Oceano Negro (ESUON)”, iniciativa transcontinental iniciada no Instituto Sacatar, em Itaparica, e desenvolvida em parceria com a Casa Bráfrica, o Pivô e a Aliança Francesa de Salvador. Artistas afrodescendentes e africanos exploram a arte como instrumento de reconexão, cura e diálogo entre continentes unidos por laços ancestrais.
Inspirada no poema “Still I Rise”, de Maya Angelou, e na deusa-mãe das águas, Yemanjá, a exposição transforma o espaço em um ambiente simbólico de travessia e experiência compartilhada, abordando ancestralidade, identidade e resistência.
Segundo Igor Tiago, gestor da Casa do Benin, a reabertura marca um momento importante para o centro cultural. “Além da exposição, a mesa-redonda vai discutir o processo de construção do projeto e suas parcerias institucionais, reunindo representantes da Casa Bráfrica, do Instituto Sacatar, do Pivô e as próprias artistas envolvidas”, afirmou.
A Casa do Benin passou por manutenção após sediar o projeto Ocupa Casa do Benin e recebeu, recentemente, a visita do presidente francês Emmanuel Macron. A programação segue no sábado (8), às 14h, com o espetáculo “Águas Ancestrais”, do grupo de percussão da UFBA. O espaço funciona de terça a sexta-feira, das 10h às 17h, e aos sábados, das 9h às 16h, com entrada gratuita.