O Feira Preta Festival divulgou os primeiros nomes confirmados da programação musical de sua edição inaugural em Salvador. O evento acontece entre os dias 28 e 30 de novembro de 2025, no Distrito Criativo de Salvador, tendo a Praça Maria Felipa como espaço central das atividades. A realização marca o encerramento do calendário 2025 do programa Salvador Capital Afro.
Com o tema “Axé – Revolução que dá baile”, a estreia na capital baiana será guiada pelo protagonismo de artistas locais e pela celebração da música preta produzida no estado. “Pensamos numa programação que reflita o verdadeiro molho da Bahia e que reverencie o Axé desde suas origens nos terreiros, até à contemporaneidade, com os bailes e paredões de Salvador, passando pela tradição dos blocos Afro”, explica Adriana Barbosa, fundadora e diretora executiva da Feira Preta.
A programação é gratuita, mediante doação de 1kg de alimento não perecível, que será destinado a instituições sociais locais. Entre os nomes já confirmados estão Jau, Sued Nunes, Afrocidade, Rachel Reis, Pagode Por Elas, A Dama do Pagode, Yan Cloud, Vírus Carinhoso, o coletivo Ministereo Público SoundSystem e a plataforma Batekoo.
Para Adriana, realizar o Festival em Salvador representa um momento simbólico. “A Feira Preta nasceu para ser um instrumento de prosperidade para a população negra, e chegar à Bahia, terra-mãe do Axé, da resistência e da criatividade preta, é conectar toda nossa trajetória com o futuro. Depois de tudo o que passamos nos últimos anos, estar com artistas baianos e com a energia dessa cidade é, de fato, uma volta por cima. Não se trata apenas de um festival, mas de um ecossistema vivo que movimenta a economia preta, ativa territórios e transforma realidades”, afirma.
Além dos shows, o evento contará com feira de afroempreendedores, desfiles de moda, talks sobre cultura, economia e empreendedorismo, stand up, gastronomia, mapping, games, programação infantil e atividades para toda a família. A edição reforça Salvador como referência global da cultura afro-diaspórica e fortalece o protagonismo negro na Economia Criativa.