O Festival Cinemas do Futuro será realizado de 6 a 9 de novembro (quinta a domingo), na Sala de Cinema Walter da Silveira e na Sala de Arte Cinema da Ufba, em Salvador. Integrando o Festival Nosso Futuro Brasil–França: Diálogos com África, o evento exibirá 24 filmes e promoverá duas mesas redondas com especialistas convidados. A entrada é gratuita.
O ciclo é baseado no catálogo da Cinémathèque Afrique, do Institut Français, um dos maiores acervos de filmes realizados por cineastas do continente africano e suas diásporas. Esta é a primeira vez que o evento acontece fora da África, unindo o Brasil a outras sociedades afrodescendentes.
O objetivo é ampliar o diálogo com o mundo atlântico, refletindo a riqueza e a pluralidade cultural dos cinemas africanos – especialmente das cidades, espaço onde emergem dinâmicas culturais complexas e pulsantes.
Cinemas do Futuro
Inspirado no princípio de que não há futuro sem reflexão sobre o passado, o festival propõe revisitar memórias e histórias para compreender o presente. Assim como o Sankofa – símbolo africano representado por um pássaro que olha para trás enquanto avança -, o evento convida o público a voltar o olhar às experiências do passado para construir caminhos futuros.
Organizado em dois eixos, “Memórias para o Futuro” e “Histórias para o Futuro”, o ciclo reúne produções de 12 países africanos (Senegal, Costa do Marfim, Gana, República Centro-Africana, Níger, Sudão, Marrocos, Egito, Tanzânia, Mali, Etiópia e República Democrática do Congo), além de filmes da diáspora africana em países como Brasil, França, Martinica e Itália.
Com quase dois mil títulos de 45 países, o catálogo da Cinémathèque Afrique é uma das maiores coleções de cinema africano do mundo, atuando na preservação e difusão não comercial dessas obras. No Brasil, onde a influência africana é marcante, o acesso a esses filmes aprofunda o olhar sobre as memórias e imaginários africanos.
O festival é uma realização do Institut Français e da Cinemateca da Embaixada da França no Brasil, com parcerias institucionais do Governo do Estado da Bahia, por meio da Secretaria de Cultura, da Universidade Federal da Bahia (Ufba), do Cinema Saladearte, e apoio da Prefeitura de Salvador e da Aliança Francesa de Salvador.
