Neste sábado (1º), a Baía de Todos-os-Santos celebra 524 anos de batismo, ocorrido em 1º de novembro de 1501, quando navegadores portugueses registraram oficialmente o nome que se tornaria um dos maiores símbolos da Bahia.
Antes da colonização, o local era conhecido pelos povos originários como Kirimurê. É o maior espelho d’água do Brasil e o segundo maior do mundo, com 1.233 km² de extensão e 56 ilhas que abrigam rica biodiversidade e comunidades tradicionais.
Mais que uma data histórica, o aniversário reforça a importância da preservação ambiental. A região reúne ecossistemas como manguezais, restingas, recifes de corais e estuários, fundamentais para a economia, o turismo e a cultura baiana.
Para marcar a data, a Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema) e o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) destacaram ações voltadas à conservação, incluindo a recuperação de 200 hectares de manguezais em parceria com a Fundação Vovô do Mangue, além do manejo de recifes de corais com a ONG Pró-MAR.
Criada em 1999, a Área de Proteção Ambiental (APA-BTS) protege o território da baía, que abrange 13 municípios, entre eles Salvador, Madre de Deus, Itaparica e São Francisco do Conde, somando mais de 3,6 milhões de habitantes.
Apesar da relevância ecológica, a região ainda enfrenta desafios como o descarte irregular de resíduos, a pressão urbana e o avanço da ocupação costeira. Outro destaque é o projeto da Ponte Salvador-Itaparica, que promete ampliar a integração econômica e social entre a capital e o Recôncavo Baiano.
