Conteúdo apresentado pelo Sebrae
A cerca de 400km de Salvador, uma palmeira virou símbolo de identidade cultural de famílias artesãs que encontraram no artesanato o sentido da vida. É a partir da palha de licuri que Santa Brígida, município do Nordeste baiano de pouco mais de 17 mil habitantes, ganhou destaque nacional como polo de arte genuinamente baiana.

Sertanejos transformam artesanato em identidade de um povo no Nordeste baiano
O manejo da palmeira é sustentável, o que garante o equilíbrio ecológico ao mesmo tempo em que atende à demanda crescente de um comércio nacional e internacional. As peças criadas a partir da palha de licuri são tingidas também com materiais naturais, como os corantes extraídos de plantas da Caatinga.
Um dos pioneiros nessa arte local, hoje é o responsável pela organização de um polo produtivo que reúne algumas comunidades, como Morada Velha de Santa Brígida, Serra Branca de Euclides da Cunha e Brejo Grande e Chuquê de Jeremoabo. José dos Santos Braga, Zé de Rita, é especialista no manejo e na criação de trançados e cestarias a partir da palha de licuri. Natural de Nossa Senhora Aparecida, em Sergipe, ele foi criado em Santa Brígida desde a infância e herdou da mãe o talento e o saber do artesanato.
É a ela, Dona Rita, que ele referência no carinhoso nome pelo qual atende. Zé de Rita se desenvolveu no artesanato e criou a Associação de Artesãos de Santa Brígida no início dos anos 2000, a fim de organizar a produção local, que hoje conta com cerca de 30 famílias dedicadas ao artesanato com a palha de licuri.

Sertanejos transformam artesanato em identidade de um povo no Nordeste baiano
Hoje, a AASB é referência regional em preservação de conhecimento do trançado de cestaria e do aproveitamento de madeira. Desde 2003 com o apoio do Sebrae, o grupo participou de consultorias em design, finanças e gestão, além de capacitações que resultaram na conquista de duas edições do Prêmio Sebrae TOP 100 de Artesanato.
“O Sebrae é muito importante pra gente até hoje. Temos um apoio muito grande deles tanto internamente quanto na expansão dos nossos mercados consumidores. Graças a essa parceria, hoje conseguimos vender boa parte da nossa produção para lojas de outros estados. É uma mão na roda”, conta Zé de Rita.
Com toda a capacitação aprendida, o artesão sertanejo conseguiu mobilizar todo o seu núcleo familiar para a produção artesanal e desenvolveu projetos que abrangessem a comunidade local. Aos 61 anos, ele continua mirando em novos objetivos.

Sertanejos transformam artesanato em identidade de um povo no Nordeste baiano
“Temos muitos projetos em mente. Mas acho que o maior objetivo é sempre expandir o nosso trabalho através dos cursos para não deixarmos a cultura do artesanato ser perdida com o tempo. É o que move as famílias daqui do sertão e esse saber é algo que deve ser reconhecido e valorizado cada vez mais”, conclui.
Zé de Rita e outras histórias de artesãos baianos convidam para conhecer e valorizar o patrimônio cultural, econômico e gastronômico do estado na e-Agro25, evento realizando pelo Sebrae e Sistema Faeb/Senar, que acontece de 27 a 29 de novembro, em Salvador. É uma oportunidade para experimentar, aprender e se conectar com a riqueza que existe no campo do estado da Bahia.
Informações e inscrições disponíveis no site eagrodigital.com.br.
 
         
				
				
			
			 
         
         
							 
							 
							 
							 
							 
							 
							 
							 
							 
							 
							 
							 
							 
							 
							 
							 
							 
							 
							 
							 
							 
							 
							 
							 
							 
							 
							 
							 
							 
							 
							 
							 
							 
							 
							 
							 
							 
							 
							 
							 
							 
							 
							 
							 
							 
							 
							 
							 
							 
							 
							 
							 
							 
							 
							 
							 
							 
							 
							 
							