Atriz baiana Fabiana Mattedi estreia monólogo sobre identidade e envelhecimento em Nova York

Atriz baiana Fabiana Mattedi estreia monólogo sobre identidade e envelhecimento em Nova York

Redação Alô Alô Bahia

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Divulgação

Publicado em 30/10/2025 às 13:48 / Leia em 2 minutos

Depois de levar Nelson Rodrigues ao circuito off-Broadway, a atriz baiana Fabiana Mattedi se prepara para estrelar o primeiro monólogo de sua carreira, direto dos Estados Unidos. Intitulado “Notes on Collagen: Notas sobre Colágeno”, o espetáculo será apresentado no dia 15 de novembro, no The Tank, teatro independente de referência em Nova York.

Encenada totalmente em inglês, a peça traz um olhar bem-humorado e sensível sobre temas como beleza, envelhecimento e identidade. “A ideia inicial do texto veio de um momento real no metrô de Nova York. Ouvi duas meninas, de uns 20 anos, dizendo que estavam ‘ficando velhas’ e que a vida não estava saindo como planejado. Achei aquilo engraçado e irônico, e a partir daí o texto começou a nascer”, contou Fabiana em entrevista exclusiva ao Alô Alô Bahia.

Na história, uma mulher imigrante de meia-idade revisita suas inseguranças e confronta as ilusões de juventude que a sociedade moderna vende. O projeto, inclusive, tem uma ligação pessoal com a atriz. Aos 51 anos e morando nos Estados Unidos desde 2017, Fabiana aponta que o tema da peça conversa diretamente com sua vida, já que apenas passou a pensar em sua idade depois da mudança de país.

“Acho que essa é uma temática bem generalizada no mundo todo. Mas apenas me dei conta de que eu estava ficando mais velha, de verdade, apenas quando cheguei aqui, com 42 anos. Antes disso, a realidade da gravidade, literalmente, não pesava em mim, nem no corpo, nem na alma. Acho que essa busca insana por um ideal de beleza e pela sustentação da “juventude” é muito acirrada pelas redes sociais. Nunca nos vimos tanto”, diz.

Graduada em Artes Cênicas pela Escola de Teatro da Universidade Federal da Bahia, Fabiana conta com orgulho sobre a trajetória que a levou aos palcos americanos. Para ela, foi especial apresentar um clássico de Nelson Rodrigues em outro país e levar um pouco não somente da Bahia, mas também do Brasil para o mundo.

“A experiência de fazer Nelson já é, por si só, gratificante. Poder vivê-lo aqui em Nova York, no circuito off-Broadway, foi muito especial. Foi uma oportunidade de fincar a nossa bandeira, na forma de uma obra dramatúrgica, em um terreno habitado por grandes nomes da dramaturgia mundial”, declarou.

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