O Governo Federal e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) apresentaram, nesta quarta-feira (29), os resultados do Estudo Nacional de Mobilidade Urbana (ENMU), que aponta novos projetos para ampliar o transporte público de média e alta capacidade na Região Metropolitana de Salvador até 2054. Para a capital baiana, o investimento estimado pode chegar a R$ 13,1 bilhões.
O plano prevê a expansão da rede por meio de diferentes modais: metrô (3 km), corredores de ônibus (7 km), VLT (com variação entre 56 km e 90 km) e BRT (entre 10 km e 44 km). A definição final entre VLT ou BRT será tomada em etapas posteriores, após estudos técnicos detalhados.
Entre os benefícios projetados estão impactos diretos na mobilidade, no meio ambiente e na segurança no trânsito. O ENMU estima que a implementação dos novos sistemas em Salvador poderá evitar cerca de 210 mortes em acidentes ao longo dos próximos 30 anos, além de reduzir a emissão de 103,8 mil toneladas de CO₂ por ano.
A maior adesão ao transporte de média e alta capacidade também deve gerar uma redução de 5% no custo operacional por viagem. Outro ganho estimado é a diminuição do tempo médio de deslocamento na cidade, resultando em um impacto econômico calculado em R$ 1,8 bilhão.
“Os projetos selecionados mostram que o Brasil está buscando se adaptar às mudanças do clima, com ações que unem sustentabilidade, mobilidade e inclusão social”, afirmou o ministro das Cidades, Jader Filho, que recentemente recebeu o título de cidadão baiano em Salvador. “Investir em transporte coletivo limpo é investir nas cidades e nas pessoas, para que os centros urbanos se tornem mais resilientes, com menos poluição e deslocamentos mais rápidos e seguros”, destacou.
Entre os projetos previstos para Salvador estão a extensão da Linha 1 do metrô, no trecho Lapa-Barra, a implantação do corredor de ônibus Central Baixa do Fiscal–Terminal Rodoviária, o BRT Transversal Avenida Gal Costa e o VLT San Martin.
Em escala nacional, o ENMU mapeou 187 projetos para as 21 maiores regiões metropolitanas do país, com investimento total estimado de R$ 430 bilhões. A distribuição prevista é de R$ 230 bilhões para metrôs, R$ 31 bilhões para trens, até R$ 105 bilhões para VLTs, até R$ 80 bilhões para BRTs e R$ 3,4 bilhões para corredores exclusivos de ônibus.
