A curitibana Sabrine Matos, de 29 anos, desenvolveu a Plinq, uma plataforma digital voltada à segurança de mulheres que desejam verificar se parceiros em potencial possuem antecedentes criminais ou processos relacionados à violência.
A ideia surgiu após o caso de Vanessa Ricarte, jornalista de Mato Grosso do Sul assassinada pelo ex-noivo em fevereiro deste ano. Vanessa desconhecia que o homem respondia a 14 processos por violência doméstica.
“Fiquei com aquilo na cabeça e pensei em quantas mulheres vivem algo parecido simplesmente por não terem acesso fácil à informação”, contou Sabrine, em entrevista ao g1.
Lançada em maio, a ferramenta já ultrapassou 15 mil usuárias em menos de dois meses. O serviço custa R$ 97 por ano e permite consultas simplificadas sobre mandados de prisão, ocorrências e processos criminais.
O sistema utiliza bases de dados públicas, como as dos tribunais e diários oficiais, o que, segundo a criadora, garante conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
Além da busca, a Plinq traduz termos jurídicos e apresenta alertas visuais que indicam o nível de risco. Um aviso “red flag” (bandeira vermelha) orienta cautela e sugere que a usuária priorize sua segurança antes de qualquer encontro.
Já o “green flag” (bandeira verde) sinaliza ausência de registros, mas lembra que isso não garante histórico limpo, reforçando a importância do diálogo e da confiança mútua.
Sabrine explica que a plataforma não detalha os processos, apenas organiza informações que já são públicas, permitindo consultas ilimitadas e anônimas. O objetivo, afirma, é oferecer às mulheres uma ferramenta prática para tomarem decisões mais seguras e conscientes sobre seus relacionamentos.