“O Filho da Mudança”: conheça baiano que saiu do sertão e virou símbolo de transformação nas favelas brasileiras

“O Filho da Mudança”: conheça baiano que saiu do sertão e virou símbolo de transformação nas favelas brasileiras

Redação Alô Alô Bahia

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José Mion/Alô Alô Bahia

Cauê Diniz

Publicado em 27/10/2025 às 10:10 / Leia em 3 minutos

Da infância no sertão da Bahia às vielas de Paraisópolis, na zona sul de São Paulo, o baiano Gilson Rodrigues construiu uma trajetória marcada pela superação e pelo protagonismo comunitário. Fundador do G10 Favelas, bloco econômico que reúne grandes comunidades do país para promover desenvolvimento social e empreendedorismo, Gilson acaba de lançar sua autobiografia, “O Filho da Mudança – O improvável que se tornou inevitável”.

No livro, ele narra a própria história de vida e de liderança, entrelaçando memórias de infância, fé e luta por oportunidades. “Sou filho da mudança. Foi dela que herdei a capacidade de ouvir o mundo com o coração”, diz, em referência à mãe, Maria Lúcia, mulher surda e fonte de inspiração para sua caminhada.

Nascido em Itambé, Gilson viveu uma infância marcada por desafios como a pobreza e a falta de acesso a direitos básicos. Em São Paulo, encontrou na favela de Paraisópolis o espaço para transformar dor em potência. Lá, se tornou uma das principais lideranças comunitárias do país, articulando redes de apoio e iniciativas de empreendedorismo social que hoje movimentam milhões de reais.

Entre os projetos que ajudou a fundar estão o G10 Bank, o serviço de entregas Favela Brasil Xpress, o programa gastronômico Gastrô Favela e o Agro Favela Refazenda, voltado à produção sustentável e à geração de renda nas comunidades.

Em “O Filho da Mudança”, Gilson propõe uma nova narrativa sobre as favelas brasileiras, não como territórios de carência, mas de criatividade, força e oportunidades. Ele se tornou voz ativa em fóruns internacionais, tendo discursado na Organização das Nações Unidas (ONU), na Universidade de Harvard e até participado simbolicamente do toque do sino na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE), em gesto que representou a potência econômica das periferias.

“O herói que eu procurava era eu mesmo”, afirma o autor em um dos trechos mais marcantes da obra, que combina autobiografia, manifesto e reflexão sobre o futuro das comunidades.

Lançado oficialmente em setembro de 2025, na Biblioteca Nacional de Brasília, o livro rapidamente entrou na lista dos mais vendidos da Bookinfo, recebendo o selo de best-seller neste mês de outubro. Com 184 páginas, a obra já é vista como um testemunho inspirador de superação e liderança social.

Mais do que contar sua história, Gilson Rodrigues reafirma em cada capítulo a importância da coletividade: “A mudança não vem de fora, ela nasce dentro da gente e se fortalece quando caminhamos juntos”.

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