Família lança documentário sobre João Rebello, ex-ator mirim morto por engano em Trancoso

Família lança documentário sobre João Rebello, ex-ator mirim morto por engano em Trancoso

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Com informações do g1

Reprodução/Redes Sociais

Publicado em 24/10/2025 às 08:52 / Leia em 3 minutos

A trajetória do DJ e ex-ator mirim João Rebello, assassinado a tiros em Porto Seguro (BA) há um ano, virou filme. O artista, que era sobrinho do diretor Jorge Fernando, foi homenageado pela família com o documentário “Fôlego – Até Depois do Fim”, lançado no Festival do Rio.

João foi morto na noite de 24 de outubro de 2024, em Trancoso, distrito turístico da cidade. As investigações concluíram que o crime foi um erro: o alvo seria um homem com um carro semelhante ao dele e que costumava estacionar no mesmo local. Desde então, duas pessoas suspeitas de envolvimento foram presas e uma terceira morreu em confronto com a polícia.

Em entrevista ao g1, a atriz Maria Carol Rebello, irmã da vítima, explicou que o filme vai além da tragédia. “Fôlego – Até Depois do Fim” conta a história da família Rebello e homenageia João, o tio dele, o ator e diretor Jorge Fernando, que faleceu em 2019, e a matriarca da família, a avó Hilda”, conta.

Maria Carol contou que o processo de criação do documentário foi também uma forma de lidar com o luto. “Fizemos o filme para abraçar a minha mãe. O luto é um processo e estar em contato com as memórias foi uma espécie de ‘psicomagia’. Foi muito importante para mim”, revela.

O longa, definido como um “documentário confessional”, foi realizado por amigos e familiares: Maria Carol escreveu e atuou na produção, Candé Salles, melhor amigo de João, dirigiu, e Maria Rebello, mãe do artista, assinou a produção.

A obra conta ainda com participações de Xuxa, Ney Matogrosso e Marcelo D2, que tiveram fortes laços com Jorge Fernando e João Rebello.

Segundo o diretor Candé Salles, o filme foi feito sob a ótica de Maria Carol, o que o torna profundamente pessoal. “Os telespectadores vão ver o multiartista que João era, e não apenas essa parte do ator mirim. Ele trabalhou com o Marcelo D2 na identidade visual do álbum ‘A Procura da Batida Perfeita’, dirigiu clipes… Foi o filme mais difícil e, ao mesmo tempo, mais bonito que já fiz”, conta.

O documentário foi exibido no Festival do Rio e integrou também a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, onde ganhará mais uma sessão no dia 28 de outubro. Ainda não há confirmação de exibição na Bahia.

Quem foi João Rebello

João Rebello era sobrinho do ator e diretor Jorge Fernando, que morreu aos 64 anos, em 2019. Ele morava em Trancoso, no sul da Bahia, onde atuava como DJ e dirigia clipes musicais. Antes de se dedicar à carreira de DJ e diretor, João foi ator mirim e teve atuações marcantes em cinco novelas da TV Globo, entre 1986 e 1997.

Ele começou a carreira aos 7 anos, em “Cambalacho”, em 1986, quando interpretou Maneco, um dos filhos adotados da personagem de Fernanda Montenegro. Três anos depois, foi Juninho, em “Bebê a Bordo”, filho do casal Tonico (Tony Ramos) e Soninha (Inês Galvão).

O trabalho mais lembrado dele foi em “Vamp”, em 1991, quando fez Sig, um dos filhos de Carmen Maura, personagem de Joana Fomm. Em “Deus nos Acuda”, em 1992, o ex-ator mirim interpretou Nicolau, tido como anjo enviado à Terra por Celestina, personagem de Dercy Gonçalves. O último personagem de Rebello foi o surfista Baby, na novela “Zazá”, em 1997.

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