A aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) alcançou 51,2% em outubro, segundo a pesquisa Latam Pulse, realizada pelo instituto AtlasIntel em parceria com a Bloomberg e divulgada nesta sexta-feira (24). A desaprovação ficou em 48,3%, e 0,9% dos entrevistados não souberam ou preferiram não responder.
Em relação ao levantamento anterior, de setembro, a desaprovação teve uma leve queda de 0,2 ponto percentual, enquanto a aprovação cresceu 0,4 ponto. O instituto aponta que a popularidade de Lula mantém a tendência de alta observada desde junho deste ano.
Esse é o maior índice de aprovação desde janeiro de 2024, quando o presidente também registrou 51,2%. Desde novembro do ano passado, essa é apenas a terceira vez que a aprovação supera a desaprovação. A rejeição, por sua vez, caiu ao menor nível desde o fim de 2024.
Nos recortes demográficos, Lula tem melhor desempenho entre mulheres, pessoas acima de 45 anos e com ensino fundamental ou superior. O petista é mais bem avaliado em todas as regiões do país, com exceção do Centro-Oeste, onde a desaprovação ainda é maior. Os piores índices de aprovação do presidente aparecem entre jovens e evangélicos, grupo no qual a reprovação chega a 72%.
As avaliações positivas do governo Lula superaram as negativas pela primeira vez desde novembro de 2024. O percentual dos que consideram o desempenho do governo “bom ou ótimo” subiu de 46,2% para 48%, enquanto o índice de “ruim ou péssimo” caiu de 48% para 47,2%.
Houve ainda uma redução entre os que avaliam o governo como “regular”, que passaram de 5,8% para 4,8%. Essa variação está ligeiramente acima da margem de erro de 1 ponto percentual.
A imagem positiva de Lula (50%) superou a negativa (49%) e, segundo o levantamento, o presidente é o único líder político com saldo positivo na percepção pública, o único cuja taxa de imagem favorável é maior que a desfavorável. Já a imagem do ex-presidente Jair Bolsonaro piorou após sua condenação pelo STF, atingindo 54% de avaliação negativa.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, teve queda de 3 pontos percentuais em sua avaliação, o que o instituto associa à derrota política da pasta ao tentar aprovar a medida provisória que aumentaria receitas por meio de taxações de bets, criptoativos e do agronegócio.
O levantamento também comparou a gestão de Lula com a de Bolsonaro em diferentes áreas. O atual governo apresenta desempenho superior em todos os indicadores avaliados, com destaque para políticas sociais, comércio internacional, relações exteriores e moradia, em que 58% consideram que as políticas de Lula são melhores que as do governo anterior. A menor diferença aparece em segurança pública, com vantagem de apenas 1 ponto percentual (45% contra 44%).
A pesquisa AtlasIntel/Bloomberg entrevistou 14.063 brasileiros adultos entre os dias 15 e 19 de outubro de 2025, por meio de recrutamento digital aleatório (Atlas RDR). A margem de erro é de 1 ponto percentual, para mais ou para menos.
