Amazon pode substituir mais de 500 mil empregos por robôs; entenda

Amazon pode substituir mais de 500 mil empregos por robôs; entenda

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Tiago Mascarenhas, com informações do The New York Times

Unsplash

Publicado em 23/10/2025 às 11:36 / Leia em 2 minutos

A Amazon planeja uma das maiores reestruturações de sua história ao apostar na automação de suas operações. Documentos internos e entrevistas obtidos pelo The New York Times indicam que a empresa pretende substituir mais de 500 mil postos de trabalho por robôs, automatizando cerca de 75% de suas atividades e reduzindo custos em até 30 centavos por item entregue.

Desde 2018, o número de funcionários da Amazon nos Estados Unidos mais que triplicou, ultrapassando 1,2 milhão. No entanto, a equipe responsável por automação acredita que a empresa poderá evitar a contratação de cerca de 160 mil pessoas até 2027, caso os planos avancem conforme o previsto. A projeção é que, mesmo dobrando o volume de produtos vendidos até 2033, a companhia consiga manter o número atual de trabalhadores.

Segundo os documentos, os novos centros de distribuição estão sendo planejados para operar com um número mínimo de funcionários humanos. Para suavizar o impacto da estratégia, a empresa orienta que os termos “automação” e “inteligência artificial” sejam substituídos por expressões como “tecnologia avançada” e “cobôs”, robôs colaborativos que atuam junto aos empregados.

Para o economista Daron Acemoglu, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), a movimentação da Amazon pode transformar a empresa em um “destruidor líquido de empregos”. Ele afirma que nenhuma outra corporação tem tamanho incentivo para automatizar em larga escala.

A Amazon, por sua vez, contesta a interpretação de que pretende reduzir drasticamente o quadro de funcionários. A porta-voz Kelly Nantel disse que os documentos citados pelo New York Times não representam a totalidade da estratégia de contratação e destacou que a empresa planeja abrir 250 mil vagas temporárias para o período de festas de fim de ano.

Udit Madan, chefe de operações globais da companhia, defendeu que o avanço tecnológico deve ser avaliado em um contexto mais amplo. “A eficiência em uma parte do negócio não conta toda a história do impacto total que isso pode ter, seja em uma comunidade específica ou no país como um todo”, afirmou.

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