O VII Concurso Nacional de Cacau Especial revelou os 20 finalistas das categorias Varietal e Mistura, com destaque para os produtores da Bahia, que seguem firmes na disputa pelo título de melhor cacau do Brasil. Além dos baianos, há representantes de Rondônia, Pará e Espírito Santo entre os selecionados.
Entre os finalistas baianos do VII Concurso Nacional de Cacau Especial, a Fazenda Luz do Vale, em Ilhéus, e a Fazenda Probidade, em Aurelino Leal, se destacam na categoria Varietal com os cacaus VB1151 e PH16, respectivamente. Na categoria Mistura, o produtor Vitor Osmar Becker, de Camacan, também representa a Bahia, mostrando a força e a qualidade dos cacaus especiais do estado no cenário nacional.
Os finalistas foram escolhidos após rigorosas etapas de análises físico-químicas e sensoriais das amêndoas. Agora, avançam para a fase final, que inclui degustações do líquor de cacau e análises às cegas de chocolates 70% produzidos a partir dos lotes inscritos. Os chocolates são codificados e avaliados por um júri de convidados especiais, garantindo total imparcialidade no processo.
Mais do que a qualidade das amêndoas, o concurso valoriza também as boas práticas de sustentabilidade. A avaliação leva em conta o Currículo de Sustentabilidade do Cacau, referência nacional para produtores e técnicos comprometidos com a conservação ambiental.
“As boas práticas não só contribuem para a conservação das florestas, mas também aumentam a eficiência no manejo, reduzindo perdas e elevando a produtividade”, explica Cristiano Villela, diretor do Centro de Inovação do Cacau (CIC), instituição responsável pela realização do concurso.
Durante a inscrição, os produtores responderam a um questionário de sustentabilidade. Na etapa final, auditores visitam as propriedades para checar as informações declaradas e garantir a conformidade com os critérios socioambientais.
Do grão à barra: o avanço do cacau especial brasileiro
O fortalecimento do mercado bean-to-bar (do grão à barra) vem ampliando o reconhecimento do cacau brasileiro entre consumidores que valorizam origem, transparência e sustentabilidade. “O cacau de qualidade é a chave para alcançar nichos mais exigentes, que valorizam o sabor, a história e as condições de produção. Essa valorização fortalece a imagem do produtor e do Brasil como origem de excelência”, destaca Villela.
A competição distribuirá R$ 100 mil em prêmios entre os três primeiros colocados das categorias Mistura e Varietal. Os vencedores serão anunciados no dia 6 de dezembro, em Cacoal (RO).
O evento é promovido pelo Centro de Inovação do Cacau (CIC), em parceria com a Associação Nacional das Indústrias Processadoras de Cacau (AIPC), a Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (Abicab) e conta, nesta edição, com o apoio do Governo de Rondônia, Mars, Netafim, Cacau Show, Gencau, Mondelez – Cocoa Life, Dengo e Instituto Arapyaú.
Confira os finalistas – Categoria Varietal:
– Ana Claudia Milanez Rigoni – Linhares (ES) | Variedade: SJ02
– Eleazar Pereira de Souza – Nova União (RO) | Variedade: CCN51
– Faz. Luz do Vale – Agrícola Conduru – Ilhéus (BA) | Variedade: VB1151
– Faz. Probidade – Agrícola Conduru – Aurelino Leal (BA) | Variedade: PH16
– Gilmar Lucio da Silva – Jaru (RO) | Variedade: PS1319
– José Batista de Souza – Uruará (PA) | Variedade: Casca Fina
– José Renato Preuss – Brasil Novo (PA) | Variedade: CCN51
– Leomar Silva Vieira – Medicilândia (PA) | Variedade: Alvorada 03
– Luíz Anastácio da Silva – Cacoal (RO) | Variedade: CEPEC 2002
– Mauro Celso Tauffer – Buritis (RO) | Variedade: BN34
Confira os finalistas – Categoria Mistura (Blend):
– Antônia Geniza Melo Borges – Uruará (PA)
– Belmiro Faes – Medicilândia (PA)
– Eleazar Pereira de Souza – Nova União (RO)
– Gilmar Batista de Souza – Uruará (PA)
– José Garcia Batista da Silva – Novo Repartimento (PA)
– Maria de Abreu Santana – Presidente Médici (RO)
– Miriam Aparecida Federicci Vieira – Medicilândia (PA)
– Narcizo Batista da Silva – Novo Repartimento (PA)
– Robson Brogni – Medicilândia (PA)
– Vitor Osmar Becker – Camacan (BA)
