Mark David Chapman revela que matou John Lennon ‘para ser alguém’

Mark David Chapman revela que matou John Lennon ‘para ser alguém’

Redação Alô Alô Bahia

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AFP

Publicado em 21/10/2025 às 14:43 / Leia em 2 minutos

Mark David Chapman afirmou ter assassinado John Lennon por um “desejo patético de ser alguém”. A declaração foi feita durante sua 14ª audiência de liberdade condicional, realizada no fim de agosto, na Penitenciária Green Haven, no condado de Dutchess (EUA). A transcrição da entrevista, obtida pelo New York Post na última semana, antecede o 45º aniversário do crime que chocou o mundo.

“Isso foi por mim e somente por mim, infelizmente. Teve tudo a ver com a popularidade dele”, disse Chapman, hoje com 70 anos. “Meu crime foi completamente egoísta”, acrescentou.

O assassino do ex-Beatle, morto a tiros em 8 de dezembro de 1980, em frente ao edifício Dakota, em Nova York, pediu desculpas pela “devastação” causada aos fãs e familiares de Lennon. Ainda assim, o comitê de liberdade condicional negou o pedido de soltura, avaliando que Chapman não demonstrou arrependimento genuíno.

Ao ser questionado sobre a motivação do crime, ele respondeu: “Para ser famoso, para ser algo que eu não era. E então percebi: existe um objetivo aqui. Eu não preciso morrer e posso ser alguém. Eu tinha chegado tão baixo.”

Criado em uma família presbiteriana em Decatur, no estado da Geórgia, Chapman era fã dos Beatles, mas passou a nutrir ressentimento contra Lennon, especialmente após declarações polêmicas do cantor, como a de que o grupo seria “mais popular que Jesus”. As letras de canções como “God” e “Imagine” também o incomodavam.

Antes do assassinato, Chapman chegou a planejar matar outras celebridades, entre elas o apresentador Johnny Carson, o ex-Beatle Paul McCartney e a atriz Elizabeth Taylor. Ele não tinha antecedentes criminais e havia deixado recentemente o emprego de segurança no Havaí.

Durante o julgamento, sua defesa considerou alegar insanidade mental, sustentando que Chapman estaria em um estado de delírio psicótico no momento do crime.

Condenado por assassinato em segundo grau, ele admitiu ter usado balas de ponta oca “para garantir a morte de Lennon”. Cumpre pena de prisão perpétua, com possibilidade de liberdade condicional após 20 anos — cinco anos antes do limite máximo previsto antes do benefício.

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