Depois de quase dez anos vivendo um período de violência e privação, Regina Lemos Gonçalves prepara um novo capítulo em sua vida. A socialite foi mantida em cárcere privado pelo ex-motorista José Marcos Chaves Ribeiro, acusado de tentativa de feminicídio, sequestro, cárcere privado, violência psicológica e furto qualificado.
Recuperando-se do trauma, Regina afirma que quer ser vista como “uma sobrevivente, não uma vítima”. Aos 89 anos, ela planeja criar o Instituto Regina Lemos Gonçalves e propor a Lei Regina Lemos, que busca combater o estelionato afetivo na terceira idade.
Atualmente, a herdeira da Copag vive com familiares no Edifício Chopin, na Zona Sul do Rio, onde tem recebido apoio do irmão Benedicto Júlio Lemos, da cunhada Dorinha e do sobrinho Álvaro O’hara. “Hoje me sinto segura, protegida e amada”, diz em entrevista ao jornal Extra.
Recentemente, ela visitou pela primeira vez sua mansão em São Conrado, usada como esconderijo por José Marcos, preso em agosto deste ano. O imóvel estava destruído e com diversos itens desaparecidos, segundo Regina.
A investigação busca recuperar bens avaliados em mais de R$ 2 bilhões, entre obras de arte e peças raras. Apesar das perdas, ela afirma que se sente pronta para reconstruir a vida: “Não existe hora nem idade para recomeçar. Quero viver o melhor que Deus puder me dar”.