A Guarda Civil Municipal (GCM) de Salvador iniciou, nesta terça-feira (14), um projeto pioneiro de aulas gratuitas de boxe voltadas exclusivamente para mulheres. A iniciativa acontece na sede da corporação, na Avenida San Martin, e é coordenada pela guarda civil Alessandra Dias.
Nesta primeira turma, 44 mulheres se inscreveram, 23 no turno da manhã e 21 no turno da tarde. As aulas seguem até dezembro e têm como propósito principal promover autodefesa, saúde física e mental, além de fortalecer a autoconfiança das participantes.
De acordo com Alessandra Dias, a ação surgiu da necessidade de criar um espaço contínuo de apoio e fortalecimento feminino. “Já oferecíamos oficinas avulsas de defesa pessoal, mas vimos que era preciso algo mais contínuo, que acompanhasse as participantes por mais tempo. O boxe surgiu a pedido delas, porque é uma prática que traz autoconfiança, melhora a autoestima e ajuda na saúde mental. Esses fatores são essenciais para mulheres que enfrentam situações de vulnerabilidade ou violência”, afirma.
A coordenadora ressalta ainda que o foco das aulas é a prevenção e não a reação. “As aulas reforçam a importância de se proteger, nunca de reagir a um assalto. Nosso foco é ajudar as mulheres a se livrarem de uma agressão iminente. Queremos que elas se sintam preparadas e mais seguras”, pontua Alessandra.
O inspetor-geral da Guarda Civil, Marcelo Silva, destacou que o curso está alinhado à missão da instituição de fortalecer o vínculo com a comunidade. “A Guarda é uma instituição de segurança pública que nasce do viés preventivo. Estar presente na vida da cidade é nossa obrigação e fazemos isso não só com o trabalho ostensivo, mas também oferecendo atividades que contribuam para o bem-estar da população”, explica.
Ele acrescenta que a corporação também realiza atividades internas voltadas à saúde dos servidores, como jiu-jitsu, futebol e natação, e que a abertura das ações à comunidade reforça o papel social da GCM. “Temos atividades voltadas para o nosso efetivo interno, que ajudam na descompressão e na saúde mental. E ao estender esse trabalho para a comunidade, principalmente para as mulheres, reforçamos nossa missão de cuidar, prevenir e aproximar”, diz.
