Lula anuncia programa habitacional voltado à classe média e amplia teto de imóveis financiados

Lula anuncia programa habitacional voltado à classe média e amplia teto de imóveis financiados

Redação Alô Alô Bahia

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Divulgação

Publicado em 10/10/2025 às 15:25 / Leia em 3 minutos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou, nesta sexta-feira (10), a criação de um novo modelo de crédito habitacional voltado para a classe média, com foco em famílias que ganham acima de R$ 12 mil e que atualmente ficam fora das faixas atendidas pelo Minha Casa, Minha Vida.

A novidade foi apresentada durante o Incorpora 2025, evento do setor da construção civil realizado em São Paulo. O presidente afirmou que o objetivo do novo programa é ampliar o acesso ao financiamento habitacional com juros mais acessíveis para quem ainda não consegue comprar a casa própria por meio das linhas tradicionais de crédito.

“Esse programa foi feito pensando nessa gente, pensando em dar àqueles que ainda não têm direito, o direito de ter a sua casinha um pouco melhor”, disse Lula.

Lula anuncia programa habitacional voltado à classe média e amplia teto de imóveis financiados

Novo teto de financiamento e mudanças no uso da poupança

Com a reformulação, o valor máximo de imóveis financiados pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH) subirá de R$ 1,5 milhão para R$ 2,25 milhões. A medida amplia o público atendido e permite acesso a imóveis com maior metragem, em localizações mais centrais — uma das demandas da classe média.

Outra mudança importante está na forma como os bancos vão utilizar os recursos da poupança para financiar imóveis. O modelo atual exige que 65% dos valores captados via caderneta sejam destinados ao crédito habitacional. Com a nova regra, esse percentual será flexibilizado, dando mais liberdade às instituições, mas mantendo a obrigatoriedade de destinar os recursos para o setor.

Além disso, será encerrado o modelo de depósito compulsório desses recursos no Banco Central — o que, segundo o governo, deverá aumentar a oferta de crédito no mercado imobiliário.

Transição vai até 2027

A transição para o novo modelo começa ainda este ano e será concluída até janeiro de 2027. Durante esse período, os percentuais obrigatórios vão sendo ajustados, e os bancos passam a ter incentivos para investir no crédito imobiliário com base em novas fontes de captação, como LCIs (Letras de Crédito Imobiliário) e CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários).

O governo estima que, com as mudanças, a Caixa Econômica Federal possa financiar mais 80 mil novas moradias até 2026, beneficiando um público que, até então, ficava fora das faixas atendidas pelos programas sociais de habitação.

“O trabalhador da classe média não quer uma casa de 40 metros quadrados, ele quer uma de 80. Ele não quer morar no Cafundó do Judas, ele quer morar perto de onde sempre viveu”, declarou Lula durante o evento.

Com a reformulação, o governo busca modernizar o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), aumentar a concorrência no setor e dar novo fôlego ao mercado imobiliário, em um cenário de queda nas captações da poupança e juros ainda elevados.

 

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