O Brasil deve exportar 102,2 milhões de toneladas de soja entre janeiro e outubro de 2025, número que supera os volumes anuais de 2024 e 2023, segundo a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec). O desempenho reflete a colheita de uma safra recorde, estimada em mais de 170 milhões de toneladas, e a alta demanda da China, que vem substituindo os EUA na compra da oleaginosa devido à guerra tarifária entre os dois países.
Em setembro, a China comprou 6,5 milhões de toneladas de soja brasileira, o equivalente a 93% das exportações do mês. Na média do ano, os chineses absorveram quase 80% das vendas totais do país, participação acima da média registrada entre 2021 e 2024, de 74%.
A Anec projeta que, entre novembro e dezembro, outras 8 milhões de toneladas devem ser embarcadas, o que confirma a estimativa anual de 110 milhões de toneladas de soja exportada.
Nos outros produtos, a exportação de milho está estimada em 30 milhões de toneladas até outubro, o que coloca o Brasil como o segundo maior exportador mundial do cereal. Já o farelo de soja deve superar 19 milhões de toneladas no ano, apesar de ter registrado queda em outubro, para 1,92 milhão de toneladas, ante 2,46 milhões em 2024.