Bruna Araújo de Souza, de 30 anos, morreu, nesta segunda-feira (6), após complicações provocadas pela ingestão de uma bebida alcoólica contaminada com metanol. Ela estava internada no Hospital de Clínicas de São Bernardo do Campo, em São Paulo, desde o fim de setembro.
De acordo com a prefeitura, a morte ocorreu após a adoção de cuidados paliativos, definidos em conjunto pela equipe médica e a família da paciente. Exames confirmaram a presença de metanol no organismo de Bruna, que havia passado mal no dia 28 de setembro, depois de consumir um combo de vodca com suco de pêssego durante um show na cidade.
O hospital já havia aberto um protocolo de morte encefálica na sexta-feira (3). A morte de Bruna é o único caso confirmado de contaminação por metanol entre os 78 registros suspeitos investigados pela Vigilância Epidemiológica de São Bernardo.
Segundo o órgão, até esta segunda-feira (6), foram registradas seis mortes e 72 atendimentos hospitalares relacionados à suspeita de intoxicação. Entre as vítimas fatais, além de Bruna, a única mulher, estão cinco homens com idades entre 36 e 58 anos, moradores de cidades como Itu e São Paulo.
Quatro estabelecimentos foram interditados nos bairros Taboão, Paulicéia, Ferrazópolis e Parque dos Químicos. A Polícia Civil apreendeu garrafas das bebidas comercializadas nesses locais. O caso é investigado pela Delegacia de Infrações contra o Meio Ambiente, que apura a origem da contaminação e os responsáveis pela distribuição das bebidas adulteradas.