Durante participação no XVII Encontro do Conselho de Presidentes dos Tribunais de Justiça do Brasil (Consepre), realizado nesta segunda-feira (6), no Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu novo sinal de que pode se aposentar em breve.
“Esse é um momento muito especial para mim, de muita alegria. Eu comecei a minha carreira no Supremo aqui e, de certa forma, estou terminando aqui”, afirmou.
A fala ocorreu enquanto o ministro relembrava o início de sua trajetória no STF, em 2013, quando foi indicado pela então presidente Dilma Rousseff (PT). Barroso contou que, na época, passava longos períodos na Bahia, onde vivia sua namorada. “A vida é feita de muitos ciclos. A gente deve saber a hora de entrar e a hora de sair”, completou.
Com 67 anos, Barroso ainda poderia permanecer na Corte até os 75, idade-limite para aposentadoria compulsória, mas tem dado sinais de que pretende deixar o cargo antes. Em ocasiões anteriores, o ministro já havia comentado a possibilidade de aposentadoria e revelou planos de escrever um livro de memórias sobre sua experiência no Supremo.
O evento em Salvador contou com a presença do governador Jerônimo Rodrigues (PT) e do prefeito Bruno Reis (União).
No domingo (5), Barroso havia sido homenageado com um jantar reservado oferecido pelo desembargador José Rotondano, em seu apartamento no Morro do Gato, reunindo autoridades do meio jurídico baiano, entre elas a presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, Ivana Bastos, o procurador-geral de Justiça, Pedro Maia, e o padre Luís Simões.
Em maio deste ano, o ministro já havia recebido duas distinções na capital baiana: o título de cidadão baiano e a Comenda 2 de Julho, concedidas pela Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA). Na ocasião, Barroso destacou seu carinho pelo estado e afirmou: “Como não tive a sorte de nascer na Bahia, precisei me tornar baiano. Isso é uma escolha, e por isso é ainda mais significativo”.