Uma nova morte por intoxicação com metanol foi registrada em São Paulo, de acordo com dados da Secretaria de Saúde. O empresário Ricardo Lopes Mira, de 54 anos, foi a primeira vítima confirmada no estado. Ele passou mal em 12 de setembro e morreu quatro dias depois, em 16 de setembro. A segunda foi um homem de 46 anos.
Nesta sexta-feira (3), o Ministério da Saúde confirmou 113 registros de intoxicação por metanol após ingestão de bebida alcoólica. Deste total, 101 são em São Paulo (11 confirmados e 90 em investigação), 6 casos em investigação em Pernambuco, 2 em investigação na Bahia e no Distrito Federal, e 1 caso está sendo investigado no Paraná e Mato Grosso do Sul. Dessas notificações, 12 são de óbitos.
Antídoto
Para reduzir o impacto das intoxicações provocadas por essa substância em bebidas alcoólicas adulteradas, o Ministério da Saúde, em parceria com a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, adquiriu 4,3 mil ampolas de etanol farmacêutico, antidoto para esse tipo de intoxicação, e está comprando mais 150 mil ampolas, para garantir o estoque do Sistema Único de Saúde.
Além de solicitar que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária realizasse um chamamento internacional das 10 maiores agências reguladoras localizadas na Argentina, México, Comunidade Europeia, Estados Unidos, Canadá, Japão, Reino Unido, China, Suíça e Austrália, o a pasta enviou ofício para empresas e instituições da India, Estados Unidos e Portugal solicitando doação e cotação de compra para outro antídoto, o fomepizol.
O Ministério também oficializou pedido a Organização Pan-Americana da Saúde para a doação imediata de 100 tratamentos de fomepizol e manifestou intenção de adquirir outras mil unidades do medicamento por meio da linha de crédito do Fundo Estratégico da OPAS, ampliando o estoque nacional.