Laudo descarta metanol em bebida consumida por Hungria no DF; suspeita é de intoxicação em São Paulo

Laudo descarta metanol em bebida consumida por Hungria no DF; suspeita é de intoxicação em São Paulo

Redação Alô Alô Bahia

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Tiago Mascarenhas

Reprodução/Instagram

Publicado em 03/10/2025 às 20:29 / Leia em 2 minutos

A Polícia Civil do Distrito Federal concluiu, nesta sexta-feira (3), que a bebida ingerida pelo cantor Hungria em Vicente Pires, no DF, não apresentava contaminação por metanol. O laudo do Instituto de Criminalística aponta que as garrafas apreendidas têm sinais de falsificação, mas o teor de álcool está dentro dos parâmetros estabelecidos pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA).

De acordo com os médicos que acompanham o artista no Hospital DF Star, a hipótese mais provável é que a intoxicação tenha ocorrido em São Paulo, onde Hungria se apresentou no domingo (28). A casa de shows que sediou o evento foi interditada pela vigilância sanitária sob suspeita de comercializar bebidas adulteradas com metanol.

Segundo o médico Leandro Machado, integrante da equipe responsável pelo tratamento, a combinação de etanol e metanol pode retardar o aparecimento dos sintomas em até 72 horas, o que reforça a possibilidade de a contaminação ter acontecido em São Paulo. Ele explicou que exames laboratoriais devem confirmar em até cinco dias se a substância está presente no organismo do cantor.

O advogado da família, José Souto Lima, informou que há uma ação conjunta entre as polícias civis do DF e de São Paulo, além da participação da Anvisa, que vai analisar amostras recolhidas nas duas cidades para rastrear a origem da adulteração.

Apesar da gravidade do quadro, Hungria responde bem ao tratamento, que inclui hemodiálise e uso de antídotos. “O paciente está apresentando melhora e o prognóstico é positivo”, disse Machado.

O rapper, nascido em Ceilândia e cujo nome verdadeiro é Gustavo da Hungria Neves, foi internado na quinta-feira (2) após sentir-se mal em uma confraternização. Ele chegou ao hospital com dores de cabeça, vômitos, visão turva e acidose metabólica, sintomas semelhantes aos observados em casos de intoxicação por metanol. Desde então, permanece em tratamento intensivo.

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