O deputado estadual Kléber Cristian Escolano de Almeida, conhecido como Binho Galinha, foi preso, nesta sexta-feira (3), após se entregar ao Ministério Público da Bahia, em Feira de Santana. Ele estava foragido desde o dia 1º, quando foi deflagrada a “Operação Estado Anômico”.
O mandado de prisão preventiva foi cumprido por uma equipe formada por 20 agentes do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) do MP-BA, que escoltou o parlamentar até Salvador, onde permanecerá custodiado. A apresentação foi feita de forma espontânea para cumprimento da decisão judicial.
De acordo com as investigações, Binho Galinha é apontado como líder de uma organização criminosa que adota práticas de caráter miliciano, com atuação concentrada em Feira de Santana.
O grupo é acusado de envolvimento em crimes como lavagem de dinheiro, obstrução da Justiça, jogo do bicho, agiotagem, receptação qualificada, comércio ilegal de armas, usurpação de função pública, embaraço a investigações e tráfico de drogas.
O deputado já responde a duas ações penais, decorrentes da “Operação El Patrón”, em dezembro de 2023 e fevereiro deste ano, pelos crimes de lavagem de dinheiro, agiotagem, receptação e exploração do jogo do bicho.
A “Estado Anômico” foi aberta justamente para aprofundar as apurações da operação anterior, revelando uma estrutura criminosa complexa, com divisão de funções entre os membros, inclusive policiais militares.
Além do parlamentar, a operação resultou na prisão de outras nove pessoas. Entre elas, o filho de Binho, João Guilherme Cerqueira da Silva Escolano, e a esposa, Mayana Cerqueira da Silva, ambos já denunciados pelo MP-BA. Ao todo, 15 pessoas foram denunciadas até agora por ligação com o esquema investigado.