Deportações de brasileiros dos EUA batem recorde sob governo Trump

Deportações de brasileiros dos EUA batem recorde sob governo Trump

Redação Alô Alô Bahia

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Redação Alô Alô Bahia com informações do g1

Reuters

Publicado em 03/10/2025 às 05:57 / Leia em 2 minutos

O número de brasileiros deportados dos Estados Unidos em 2025 já superou todos os registros anteriores da série histórica, iniciada em 2020. Segundo a Polícia Federal, até 1º de outubro, 2.268 imigrantes foram enviados de volta ao Brasil, ultrapassando o recorde de 2021, quando 2.188 pessoas foram deportadas.

O marco foi atingido com a chegada de um voo com 110 passageiros ao Aeroporto Internacional de Confins, em Belo Horizonte, na noite de quarta-feira (1º). O total registrado neste ano representa um aumento de 37% em relação a todo o ano de 2024.

Desde janeiro, 24 voos saíram dos Estados Unidos rumo ao Brasil com deportados. Apenas um deles ocorreu ainda sob o governo de Joe Biden. Os outros 23 aconteceram durante a gestão de Donald Trump, que reassumiu a presidência americana em 20 de janeiro. A expectativa é que outros 12 voos desembarquem até dezembro, em ritmo semanal.

O Aeroporto de Confins foi escolhido por questões logísticas: além de ter estrutura para voos de grande porte, oferece conexões que facilitam o deslocamento dos deportados para suas cidades de origem. A região é próxima a localidades que concentram altos índices de emigração, como Governador Valadares (MG), no Vale do Rio Doce.

As deportações em voos coletivos tiveram início em outubro de 2019, no primeiro mandato de Donald Trump, após o governo brasileiro voltar a autorizar pousos dessas aeronaves, suspensos desde 2006.

De acordo com a legislação americana, estrangeiros podem ser deportados por entrada irregular, violação de normas migratórias, envolvimento em crimes ou por serem considerados ameaça à segurança pública. O processo geralmente começa com a prisão e segue sob responsabilidade do Serviço de Imigração e Alfândega (ICE).

O jornal The New York Times informou que, em seu novo mandato, Trump ampliou os poderes de agentes de imigração, permitindo a deportação acelerada inclusive de pessoas que haviam obtido proteção em programas de asilo durante a gestão anterior, de Joe Biden.

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